segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Saiu no jornal

Confirma matéria publicada pelo jornal “O Dia”.

Usinas de idéias verdes
Hidrelétricas transformam projetos de geração de energia em propostas de educação e preservação ambiental. Em Batalha, Goiás, o cerrado revive, e a natureza agradece
Por Leila Souza Lima

Cenário de filme: implantada no meio do cerrado brasileiro, às margens do rio São Marcos, a hidrelétrica Batalha envolve investimentos de R$ 740 milhões (Fotos: Severino Silva/O Dia)

Antes acusadas de provocar estragos ambientais de dimensões catastróficas, empresas construtoras e operadoras de usinas hidrelétricas brasileiras se preocupam com o impacto no ecossistema, investindo milhões para reduzir ao máximo os danos à natureza. Tal atitude fez do Programa de Recuperação Florestal e Compensação de CO2, da construtora Camargo Corrêa em parceria com Furnas Centrais Elétricas S.A., o único projeto nacional selecionado para o Congresso Mundial de Grandes Barragens, a Hydro 2009, de 26 a 28 de outubro em Lyon, França.
O programa é desenvolvido nas hidrelétricas de Foz do Chapecó (SC), Serra do Facão (GO) e Batalha (GO). Até o fim do ano, será levado também a Jirau (RO), usina na área de maior abrangência do bioma (conjunto de ecossistemas) Amazônia, detentor da mais variada biodiversidade.
A proposta combina ações de sustentabilidade ambiental e responsabilidade social. “Para uma idéia da importância do projeto, Batalha é a única obra no país a conquistar quatro certificações: ISSO 9001 (Qualidade), 14001 (Meio Ambiente), 16001 (Responsabilidade Social) e a OHSAS 18001 (Occupational Health and Safety Assessment Series) de Segurança e Saúde no Trabalho”, ressalta Miller Soares Rufino Pereira, gerente-geral de construção da Camargo Corrêa.
Às margens do rio São Marcos, em Cristalina, divisa de Goiás e Minas Gerais, e a três horas de Brasília (DF), Batalha, implantada no cerrado, terá potência de 52,5 MW – energia para cidade com 130 mil habitantes. O cenário é de filme, o investimento, à altura: R$ 740 milhões englobam também 23 programas socioambientais voltados a minimizar impactos na natureza. Alívio para quem visita o local antes de as águas o tomarem.

O cerrado brasileiro é um dos chamados hotspots, uma das áreas mais ameaçadas do mundo

Ao passo em que a região for inundada, patrulha sistemática irá resgatar espécies da fauna – entre elas répteis, pássaros, roedores, felinos –, e exemplares da vida aquática. Ações incluem recomposição da vegetação, recuperação de áreas degradadas antes da obra – mudas são cultivadas em viveiros nas reservas locais – além de preservação do patrimônio arquitetônico e educação ambiental. “A educação baseada no meio ambiente é um trabalho levado a todas as obras de Furnas. É um projeto de participação social. A proposta é transformar pessoas das comunidades em agentes e parceiros”, explica Luiz Fernando do Monte Pinho, superintendente de Gestão Ambiental de Furnas.
Fonte: jornal "O Dia", 04/10/2009, página 17
Leila Souza Lima e Severino Silva viajaram a Cristalina (GO) a convite de Furnas e Camargo Corrêa

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