quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Domingo é Dia de Valorizar o Agricultor Caxiense

Domingo tem Feira do Agricultor no Caxias Shopping

A Feira do Agricultor Familiar acontece uma vez por mês no Caxias Shopping

No próximo domingo, 4 de setembro, 20 pequenos produtores rurais de Duque de Caxias estarão oferecendo seus produtos na Feira do Agricultor Familiar que acontece no primeiro domingo de cada mês no Caxias Shopping. A feira é promovida pela Secretaria de Meio Ambiente, Agricultura e Abastecimento do município, com apoio do centro comercial, da empresa Ecowood Rio que doou as bancas expositoras, produzidas com material reciclável e a EMATER-RJ, Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Rio de Janeiro.

Na feira são vendidos produtos frescos como frutas, legumes, café, doces, temperos e conservas a preços bem atrativos. Lançada em caráter experimental no dia 5 de junho, a feira agradou aos freqüentadores do shopping que, além de produtos de ótima podem receber dicas para o preparo de pratos.

Participam da Feira do Agricultor Familiar produtores dos bairros Capivari, Tabuleiro, Lamarão, Piranema, Xerém e do assentamento Terra Prometida. “Essa é a terceira feira que realizamos no Caxias Shopping. O público freqüentador do local elogiou a iniciativa e a parceria que dá oportunidade às pessoas de conhecer o que o município produz e comprar alimentos frescos e saborosos”, disse o secretário Samuel Maia, que no domingo estará no shopping com seus técnicos.

O agricultor Pedro Costa com Samuel Maia e um frequentador que elogiou a feira




Texto: Paulo Gomes

Fotos: Everton Barsan


terça-feira, 30 de agosto de 2011

Catadores a sete meses do desemprego em Gramacho

Estudo revela que, se nada for feito, bairro ganhará 3.147 pobres e indigentes com fim do lixão



Presidente da Cooper Caxias, Nilson está descrente em relação ao futuro, mas ainda vai continuar no ramo


A sete meses do fim das operações do Aterro Sanitário de Jardim Gramacho, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, 1.200 catadores temem pela perda de sua principal fonte de renda: a catação de materiais recicláveis. A partir de março do ano que vem, o aterro de Gramacho deixará de receber 8.400 toneladas de lixo por dia, que terão como destino o Centro de Tratamento de Resíduos, em Seropédica.

O futuro incerto poderá agravar a pobreza na região. Segundo pesquisa, encomendada pela Secretaria Estadual do Ambiente, se nada for feito, o bairro terá mais 1.342 pobres e 1.805 indigentes.

Estudo preliminar da Prefeitura de Caxias e do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) identificou que 70% dos catadores são alcoólatras e poderão ter câncer devido ao contato com metais pesados e material radiativo.

Há 30 anos no lixão, Nilson José dos Santos, 45 anos, está descrente quanto ao destino das famílias de Gramacho. “Só vamos acreditar quando o dinheiro do fundo sair do papel. Hoje a única coisa que temos é a nossa força de trabalho”, critica o presidente da Cooper Caxias. Ao contrário dele, 56% querem mudar de ramo. “Já formamos a 1ª turma de serventes para a construção civil”, conta Roberta Alves, 36, a Docinho, líder do Conselho de Catadores.





Com o fim do aterro, 56% dos catadores já planejam mudar de ramo e procuram cursos profissionalizantes


Trabalhadores querem fundo antecipado
Trabalhadores querem antecipar R$ 21 milhões obtidos com exploração do biogás do aterro depositados em fundo por 15 anos, para comprar maquinário, galpões e até abrir banco de crédito popular. “A situação é preocupante. Para terem direito ao dinheiro em Fundo, a Câmara de Caxias precisa aprovar”, diz o secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc.

De acordo com Samuel Maia, secretário de Meio Ambiente de Caxias, o projeto de lei que cria o Fundo será enviado à Câmara nos próximos dias. “Estamos cadastrando catadores para receber o Bolsa-família e oferecendo 3 mil vagas em cursos profissionalizantes”, adianta.



Texto: Christina Nascimento/Maria Luisa Barros/O Dia/28.08.2011/p.16

Fotos: Felipe O'Neill/O Dia/28.08.2011/p.16

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Precisamos de profissionais ambientalistas



*Samuel Maia

Pós-Graduado em Gestão Pública, Especialista em Gestão Ambiental com Mestrado em História Social.

Não faz muito tempo, os pais desejavam que seus filhos se formassem em profissões, que possibilitariam a ascensão econômica e social. Os sonhos continuam! Porém, no século XXI em um mundo globalizado, além da capacitação profissional esta deve ser focada na sustentabilidade!

Novas profissões surgiram e já remuneram bem. Um novo campo profissional é o meio ambiente. O meio ambiente é o conjunto de condições, leis, influências e infra-estrutura de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas.

As questões ambientais são discutidas com freqüência, o que não acontecia há três décadas quando eram raros os questionamentos e as informações. Nos anos 80, ativistas ambientais começaram a discutir o assunto amplamente, atraindo principalmente os formadores de opinião, a comunidade acadêmica, a mídia e a sociedade civil organizada. Estudos da ONU mostram que cerca de 20% da população consome 80% dos recursos naturais explorados pelo homem.

A gestão ambiental é área sine-qua-non para o sucesso de uma empresa privada e de governos no século XXI, pois, a sociedade quer ver agregado nos produtos, serviços e gestão pública, compromissos com a sustentabilidade. Como exemplo na área ambiental, onde há necessidade multidisciplinar está a gestão de resíduos.

A cada dia são descartados mais de dois milhões de toneladas de lixo domiciliar no mundo. Esse volume equivale a dez montanhas como o Pão de Açúcar. Para se ter uma idéia, nos Estados Unidos, cerca de 30% tem como destino a reciclagem e a compostagem, 14% são incinerados e 56% são depositados em Aterros. Em Paris, 74% são incinerados, em Londres 9% são reciclados, 20% são incinerados e 71% são depositados em Aterros. No Brasil, esses números deixam a desejar apesar das leis que pune os crimes ambientais.

Segundo pesquisa do IBGE cada brasileiro gera cerca de 1,25 Kg de lixo por dia e mais da metade deste lixo é enviado a lugares inadequados como lixões. Com o crescimento a cada ano do processo de coleta seletiva (separação dos diversos tipos de resíduos gerados e reutilizados ou reciclados), podemos aumentar a geração de emprego e renda, aumentar a vida útil dos aterros, diminuir a poluição e preservar os recursos naturais.

Para isso, precisamos cada vez mais de profissionais especializados que conheçam a legislação federal, as políticas públicas, privadas e sócio-ambientais para a redução dos resíduos nas indústrias, residências, comércio, entre outros, chamados de fontes geradoras. Hoje para instalar e operar um empreendimento, o empreendedor deve cumprir as condicionantes e conformidades de sua licença ambiental, em qualquer área e atividade econômica. Logo, não há mais espaço para amadorismo e políticas públicas sem conteúdo estruturante, seja na atividade privada, seja na administração pública.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Zito solicita a participação de Duque de Caxias em acordo ambiental com a REDUC




Empresa vai assinar em duas semanas termo de ajustamento de conduta com Secretaria Estadual do Ambiente do Rio de Janeiro.


A Petrobras vai assinar dentro de duas semanas o termo de ajustamento de conduta (TAC) com a Secretaria Estadual do Ambiente do Rio de Janeiro para a renovação da licença de operação da Refinaria Duque de Caxias (Reduc).

A estatal precisará gastar R$ 1,1 bilhão para adequar os processos para o controle de poluição, com a modernização das instalações e processos. De acordo com o secretário do Ambiente, Carlos Minc, do total gasto, “pelo menos” R$ 1 bilhão será direcionado para transformações internas na empresa, com modernização do processo produtivo, visando a redução da poluição atmosférica e da Baía de Guanabara.

“A maior parte dos recursos será utilizada na modernização industrial da própria Petrobras, com a necessidade de tratamento biológico das emissões de carga orgânica na Baía de Guanabara, e a dessulfuração com a retirada de enxofre do ar da baixada Fluminense”, disse Minc.

Segundo ele, a Reduc é uma “grande contribuidora” de carga na Baía de Guanabara, e também uma grande contribuidora da parte de emissões atmosféricas. Por isso, vai precisar mexer em componentes como tratamento biológico, a retirada do enxofre do diesel, e a vedação das emissões fugitivas, devido a falta de vedações nas conexões antigas.

Além das mudanças internas, a estatal também vai precisar modificar algumas atuações ao redor da refinaria. O acordo com a Secretaria prevê a construção de uma unidade de tratamento de rio, em Irajá. Inclui também medidas para a prevenção de inundações em Duque de Caxias, além do acordo de que o próprio lixo reciclável da Reduc seja enviado aos catadores de lixo da região, para garantir sua sobrevivência após o fim do aterro da região, com o desvio do lixo para Seropédica.

De acordo com Minc, a assinatura do acordo já está acertada. O que faltava para que as duas partes entrassem em consenso não dizia respeito ao valor do TAC. Era uma questão jurídica quanto à multa pelo descumprimento de cada etapa. “Inicialmente, a secretaria propôs um percentual, a Petrobras não aceitou e a gente viu que eles tinham razão”, disse. “Há acordo integral quanto aos termos do TAC e ao seu valor. O ponto que foi resolvido era uma questão contratual”.

Para o Secretário Municipal de Meio Ambiente, Agricultura e Abastecimento de Duque de Caxias Samuel Maia, o prefeito Zito acertou ao solicitar ao Ministério Público Estadual e Ministério Publico Federal que o poder executivo local faça parte das negociações do TAC "Não é possível mais que a municipalidade não seja ouvida, a bacia aérea prejudicada é nossa, os rios assoreados são os nossos, a saúde prejudicada é do caxiense e o Conselho Municipal de Meio Ambiente, órgão do Sistema Nacional de Meio Ambiente precisa participar do processo de construção do TAC." afirmou Maia

domingo, 21 de agosto de 2011

Lixão vai virar bairro modelo



Projeto prevê investimento de R$ 140 milhões na reurbanização do Jardim Gramacho


A solução para o passivo ambiental, após 35 anos de funcionamento do Aterro Sanitário de Jardim Gramacho, em Duque de Caxias, já está no papel. Só falta agora definir a verba para tocar o Projeto Urbanístico, apresentado pelo governo do estado na semana passada , que está orçado em R$ 140 milhões.

A previsão é que o aterro de Jardim Gramacho seja fechado até maio de 2012. E o objetivo é transformar a região em modelo de cidade sustentável, com reflorestamento, recuperação do manguezal, pavimentação de ruas, casas populares, ciclovias e áreas de lazer.

A área beneficiada seria do tamanho do bairro do Leblon, na Zona Sul carioca, com 1,3 milhão de metros quadrados, entre a Rodovia Washington Luiz e a Baía da Guanabara. Segundo o secretário do Ambiente do estado, Carlos Minc, a verba poderá vir do projeto de cooperação Brasil/Estados Unidos.

Mas outras receitas devem ser acopladas ao projeto. Principalmente, de geração de renda e projetos sociais para cerca de 2.500 catadores que vivem da reciclagem. Cooperativas que fazem coleta seletiva já estão funcionando, mas ainda não comportam todas as famílias que vivem do trabalho no aterro.



A imagem de barracos de madeira é uma das que devem desaparecer


Montanha de lixo dará lugar à área arborizada
Projeto prevê limpeza e reflorestamento do espaço hoje ocupado por detritos. Além de árvores, parque terá ciclovias, praças e áreas de lazer com vista panorâmica da Baía


A maior transformação elaborada pelo Projeto Urbanístico de Jardim Gramacho se dará exatamente em cima das milhões de toneladas de lixo despejadas nos últimos 35 anos. A área será reflorestada com vegetação primária e, onde hoje fica a imensa colina da cor de barro, surgirá uma península verde, com vista panorâmica para a Baía
de Guanabara.

Espaços para indústrias e moradias serão criados em cerca de 328 mil metros quadrados de lotes vazios no bairro. Essa área poderá ser utilizada para atrair novas empresas e gerar empregos.

Parte do espaço será destinada a 460 lotes com 84 metros quadrados. Eles vão receber 1.840 pessoas, com uma família por lote, ou 3.680, com duas famílias. Boa parte dos beneficiados vive hoje em barracos de madeira.

Serão quatro áreas de esporte e lazer. Três delas ficarão onde hoje é feito o despejo clandestino de lixo. Em cada uma delas haverá quadras poliesportivas, pista de skate, playground infantil, banheiros, varandas e áreas com sombras para descanso. Uma ciclovia vai contornar todo o bairro, ligando-o à estação ferroviária de Gramacho.

Ruas de cara nova


A Rua Monte Castelo e a Avenida Rui Barbosa, que dão acesso ao bairro, serão urbanizadas. A primeira receberá nova pavimentação, faixas de rolamento, calçadas, pontos de ônibus, iluminação e estacionamento. Na Avenida Rui Barbosa, o canal será urbanizado e construídas pontes para pedestres. As ruas de terras serão pavimentadas.

Gloria Cristina dos Santos, 36 anos, tesoureira da Associação dos Catadores do Aterro Metropolitano do Jardim Gramacho (ACAMJG) avalia que a reurbanização é necessária também para ajudar a recuperar ainda mais a autoestima dos catadores.

Manguezais vão renascer


A recuperação dos manguezais, que ficam em uma área de aproximadamente um milhão de metros quadrados, é outra meta do projeto. “A área de mangue de Duque de Caxias é a segunda no entorno da Baía de Guanabara. Só perde para a APA de Guapimirim”, explica o secretário do Ambiente do estado, Carlos Minc.

Para o secretário de Meio Ambiente de Duque de Caxias, Samuel Maia, o projeto e a reestruturação do bairro podem ser um marco nas ações ambientalistas. Segundo Maia, a vista panorâmica da Baía de Guanabara é privilegiada.

E ele garante que há empresários que gostariam de investir em projetos socioambientais de vulto. “O que já foi prejudicial vai se tornar uma referência ambiental”, diz Maia, que é também presidente do Conselho Municipal de Meio Ambiente.


Fonte: O Dia.21.08.2011

Cabral e o dilema de Duque de Caxias

Disputado por diversos pré-candidatos a prefeito de Duque de Caxias, terceiro maior colégio eleitoral do estado, o governador Sérgio Cabral está em cima do muro em relação ao pleito de 2012 lá. Pelo menos seis postulantes são aliados do governo estadual. Mas Cabral, até agora, não prometeu apoio nem ao ex-prefeito Washington Reis, deputado federal que é filiado a seu partido, o PMDB.

Existem nada menos que oito pré-candidaturas. Reis; o atual prefeito, José Camilo Zito dos Santos; outro deputado federal; dois deputados estaduais; e mais três pessoas anunciaram a intenção de concorrer. Dos oito pré-candidatos, apenas o deputado estadual Samuquinha (PR) e Antônio Borges (PC do B) se dizem oposição a Cabral. Os demais apoiam o governador, inclusive Zito, que está deixando o PSDB rumo ao PP. Em 2010, Zito contrariou
a direção tucana ao fazer campanha para Cabral.

Para a maioria dos candidatos, Cabral não teria condições de apoiar apenas um candidato entre vários de sua base. “Espero que o governador não interfira, ao menos no 1º turno”, disse o vereador Dalmir Lirio Mazinho de Almeida Filho, presidente da Câmara Municipal de Caxias, que se filiou ao PDT no último dia 12 e disputará a prefeitura. “Hoje, vejo todos os candidatos em igualdade de condições”, disse.

A opinião de Mazinho é compartilhada pelo deputado estadual Dica, que está trocando o PMDB pelo recém-criado PSD e confirmou a candidatura. “O governador garantiu que não vai participar do 1º turno. Somos eu, Alexandre Cardoso (PSB), Washington Reis e Zito na base. Não tem como ele ajudar um e deixar os demais na mão”, argumenta o parlamentar.

Mesmo com dificuldades, Zito é o homem a ser batido. “Há dificuldades do atual prefeito e a rejeição de Washington Reis é alta. Se eu ou o Cardoso formos ao segundo turno contra um dos dois, levamos a eleição”, analisa Dica. "O PT deve lançar uma Candidatura para negociar uma Boquinha!"Afirmou Dica.

O PT deverá lançar Dalva Lazaroni candidata. Mas Dalva, que já foi de vários partidos, nunca teve bom desempenho eleitoral em Caxias, o que levanta a hipótese de candidaturas lançadas só para trocar cargos por apoio no segundo turno. Os tucanos, por enquanto, estão sem alternativas: além do prefeito, seus outros nomes de expressão na cidade são justamente a mulher e a filha de Zito, Claise Maria e Andréia. Há quem defenda manter o apoio ao prefeito ou aliança com Samuquinha. Como PSB, não há possibilidade de conversa nem para o PT, nem para o PSDB. “A posição do partido é pela minha candidatura. Venci nas eleições para Deputado Federal em 5 das 10 zonas eleitorais de Caxias”, garante o deputado federal e secretário estadual de Ciência e Tecnologia, Alexandre Cardoso.

Texto: Alessandro Ferreira/O Dia/21.08.2011

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Inscrição para concurso ambiental vai até 31 de outubro

Samuel Maia destacou a importância do concurso para comunidades


A indústria de especialidades químicas Lanxess e a Secretaria de Meio Ambiente, Agricultura e Abastecimento de Duque de Caxias vão distribuir R$ 15 mil para os melhores projetos ambientais. As inscrições vão até 31 de outubro e podem participar do concurso com no máximo três projetos, grupos, escolas, associações de moradores e pessoas com interesse em questões ambientais. O resultado sai em dezembro e a premiação será entregue no primeiro trimestre de 2012.

O lançamento oficial do concurso foi na segunda-feira à noite, na sede da Associação dos Antigos Funcionários do Banco do Brasil, em Xerém, e contou com a presença do secretário de Meio Ambiente e de representantes da multinacional. Da Lanxess compareceram os gerentes Lincoln Rosa, Anderson Affonso, Pedro Ferreira e Lívia Berrocal, do setor de Responsabilidade Corporativa e de Marketing. A empresa tem unidade em Campos Elíseos e produz borrachas sintéticas para indústria de pneus, de espumas e latex para asfalto e gera 250 empregos diretos, e está presente em 30 países.

Entre os critérios de avaliação estão à identificação da área de impacto ambiental positivo, número de pessoas que serão beneficiadas direta e indiretamente, efeito educacional e iniciativas de redução, reutilização e preservação de água. Os melhores projetos serão escolhidos por representantes da SMMAAA, da mídia e da Lanxess. Os melhores projetos receberão até R$ 5 mil para execução do projeto no município.

A ficha de inscrição está disponível no site da Lanxess (www.lanxess.com.br) e no blog www.caxiasmaisverde.blogspot.com, e na sede da SMMAAA, na Rua Dona Teresa, no bairro Jardim Primavera. Os documentos poderão ser enviados por e-mail para iniciativa.e3@lanxess.com, pelos Correios para o setor de Comunicação Corporativa Ciclo Verde da Lanxess Ind. Prod. Químicos e Plásticos Ltda, na Avenida Maria Coelho Aguiar, 1215, Bloco B, 2º andar, Cep 05804-900, São Paulo, SP, ou para Secretaria de Meio Ambiente, Agricultura e Abastecimento de Duque de Caxias, no endereço acima.

Para o secretário de Meio Ambiente, Samuel Maia, o concurso é mais uma parceria que está dando certo. A iniciativa, segundo ele, mostra o interesse de grandes empresas instaladas no município, como a Lanxess, em investir em projetos de sustentabilidade ambiental e social.

Do encontro participaram ainda representantes do Conselho Municipal de Meio Ambiente, ONGs e de associações de moradores.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Ecologistas apoiam agricultura familiar

Agricultura Familiar precisa ser fortalecida


Ruy Barata Neto


Os ambientalistas estão pessimistas quanto à capacidade do governo em aprovar a reforma do Código Florestal nos termos do compromisso de campanha da presidente Dilma Rousseff.
O texto é pautado no impedimento da expansão do desmatamento e na punição efetiva de proprietários que descumpriram a lei vigente de proteção de áreas protegidas.

As organizações não-governamentais como Greenpeace e WWF deverão aumentar o tom das pressões para que o governo assuma a edição de uma lei específica - que poderia ser elaborada por meio de decreto - para a regulação da produção agrícola da pequena propriedade - também chamada da agricultura familiar.
A ideia é tirar o componente "emocional" imputado pelos ruralistas para justificar a supressão do meio ambiente como forma de garantir a sobrevivência da agricultura familiar.
Segundo o diretor do Greenpeace, Paulo Adário, o que está por trás das discussões de reforma do código florestal é o interesse dos grandes empresários produtores de grãos com base na exportação. "Defendemos que o governo atenda, por meio de lei específica, as reivindicações da agricultura familiar", diz Adário. "O atual texto pode ficar no Senado por um ou dois anos sem grandes prejuízos".
Segundo o Greenpeace, a aposta do governo em usar o veto presidencial para impedir aprovação de pontos que contribuam com a expansão do desmatamento é uma estratégia equivocada. "O uso do veto seria por si só uma derrota política", diz Sérgio Leitão, também diretor da ONG.
Ele diz que o executivo corre o risco de ver pontos vetados pelo governo rejeitados pelo Congresso, o que colocaria a presidente Dilma Rousseff em posição desconfortável como anfitriã da Rio +20, a conferência sobre mudanças climáticas da Organização das Nações Unidas (ONU), que acontecerá em 2012 no Rio de Janeiro.
Centrão
O Greenpeace avalia que o governo hoje é refém da mesma força ruralista que inviabilizou a política de reforma agrária como parte da Constituinte de 1988 - o que na época era conhecido como o "centrão" da política e que hoje é a própria bancada do PMDB e aliados.
"Neste tema não haverá fidelidade partidária como ocorreu na Câmara", avalia Leitão. Os ambientalistas pressionam para uma atuação mais forte do executivo no Senado para evitar a atuação desastrada na Câmara, o que permitiu a aprovação do texto atual.


Mercado de conservação de florestas chega a US$ 216 bi

Mas ambientalistas admitem a inviabilidade do Código Florestal sem um forte programa de incentivos econômicos. A conservação das florestas brasileiras poderia gerar receitas da ordem de US$ 216 bilhões, caso existisse no mundo um mercado para a comercialização do gás carbono não emitido na atmosfera como resultado do desmatamento.


O valor foi calculado pelo Centro de Sensoriamento Remoto da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) em parceria com o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM) com base no passivo ambiental brasileiro, estimado em 60 milhões de hectares (se somados as reservas legais e as áreas de preservação permanentes - APPs).
O dinheiro viabilizaria o pagamento pelo restauro das áreas desmatadas que fazem parte do passivo ambiental, o que renderia até US$ 4 mil por hectare de terra considerando a venda de US$ 10 por cada tonelada de carbono equivalente retirado da atmosfera pela recuperação de uma área desmatada.
O recurso seria fundamental para viabilizar as exigências do Código Florestal, que é mais moderno do que a própria realidade brasileira, segundo Britaldo Soares Filho, professor do departamento de Cartografia do Instituto de Geociências da UFMG e um dos responsáveis pelo estudo.
Segundo o estudo, a recuperação de áreas desmatadas poderia ser feita sem deixar de expandir em pelo menos 50% da área hoje ocupada pela agricultura. A solução seria por meio de uma maior disponibilização de áreas usadas hoje pela pecuária que trabalha com uma taxa de 1,1 cabeça de gado por hectare. A taxa teria que ser elevada para a criação de 1,5 cabeça de gado por hectare para disponibilizar mais espaço.


O problema é que viabilizar isso custa bastante dinheiro. Um cálculo do Banco Mundial estima que seria necessários R$ 500 bilhões em um horizonte de 15 anos para executar essa intensificação da criação de gado, o que daria R$ 25 bilhões por ano - o valor é equivalente a um quarto do orçamento do próprio Ministério da Agricultura, o que torna o projeto praticamente inviável para a realidade brasileira. "É algo muito caro ao Brasil", diz Britaldo. Ele admite que dentro dessa perspectiva "sem um forte programa de incentivo, não há como viabilizar o Código Florestal".
Segundo ele, já existem direcionamentos, pelo menos em perspectiva, para viabilizar a aplicação da lei, o problema é que diante dos desafios o Brasil prefere flexibilizar os aspectos legais em detrimento das consequências que a nova legislação trará. "É possível bancar um valor como esse assim como a sociedade americana bancou mais de US$ 1 trilhão alocados para salvar a sua economia em crise. Trata-se de uma vontade política".

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

FEIRA DO AGRICULTOR CAXIAS RURAL FOI UM SUCESSO!

Do campo direto para a mesa do consumidor

A Feira do Agricultor Familiar será realizada no primeiro domingo de cada mês

Quem não visitou, perdeu a oportunidade de levar para casa produtos de qualidade da zona rural de Duque de Caxias oferecidos na Feira do Agricultor Familiar, realizada domingo, 7 de agosto, no Caxias Shopping. A partir de agora, no primeiro domingo de cada mês pequenos agricultores vão vender frutas, legumes, café, doces, temperos e conservas a preços bem atrativos. A feira, promovida pela Secretaria de Meio Ambiente, Agricultura e Abastecimento, conta com apoio do Caxias Shopping, da Emater/Rio e da empresa Ecowood Rio, responsável montagem das bancas expositoras, feitas com material reciclável.

Lançada em caráter experimental no dia 5 de junho, a feira foi aprovada pelos freqüentadores do shopping. Além de produtos de ótima qualidade o comprador pode receber dicas para o preparo de pratos saudáveis. José Carlos Pereira, morador da Penha, comprou uma boa quantidade de aipim e pimenta em conserva. “Vou preparar uma vaca atolada e chamar os amigos. A pimenta vai dar o toque especial à comida. Vou virar freguês”, disse o freqüentador do shopping.

O paraibano Cícero Souza foi ao shopping com a esposa Maria da Penha para almoçar. Morador de Imbariê, ele elogiou a iniciativa da feira. Eu conheço produtos da roça e sei que aqui só tem produtos de boa qualidade. A pimenta não pode faltar na minha mesa e por isso já comprei um vidro do tempero”, destacou Cícero.

Cícero e Maria da Penha aproveitram a feira e compraram vários produtos

Das 12h às 18h, cerca de 20 agricultores familiares venderam seus produtos distribuídos em 10 bancas. Os preços variavam de acordo com a quantidade do produto. O pacote com dois quilos aipim sem casca, por exemplo, foi vendido a R$ 2. Quatro unidades de berinjela, R$ 1, o mesmo preço da unidade do coco. Um pedaço grande de abóbora foi vendido por R$ 2. Também a preços bem atrativos estavam a abobrinha (R$ 1 duas unidades), o quiabo (R$ 3), cará (de dois quilos a R$ 4), almeirão e abóbora d’água (R$ 1), batata doce (R$ 1,50) entre outros, como cará-moela, feijão verde e ovos de galinha caipira. Os doces em compota e bolos doce de fubá e de aipim também tiveram boa aceitação.

Da Feira do Agricultor Familiar vão participar produtores rurais das localidades Capivari, Tabuleiro, Lamarão, Piranema, Xerém e do assentamento Terra Prometida. A próxima será realizada no dia 4 de setembro e deverá contar com a participação de produtores de frutas, flores tropicais orgânicas e peixes ornamentais.

“Estamos satisfeitos com a receptividade do público freqüentador do Caxias Shopping que vem elogiado essa iniciativa de ajudar os produtores rurais. Tudo que é vendido aqui é de ótima qualidade”, garante o secretário de Meio Ambiente, Agricultura e Abastecimento, Samuel Maia.

“Estamos fechando outras parcerias, visando a venda dos produtos da área rural para restaurantes, bares e para os barraqueiros do projeto Forró na Feira”, conclui o secretário Maia.

Samuel Maia (camisa listrada): fechamento de novas parcerias



Texto: Paulo Gomes

Fotos: Everton Barsan


sábado, 6 de agosto de 2011

GOVERNO FEDERAL INVESTIRÁ RECURSOS NA AGRICULTURA DE CAXIAS

Samuel Maia se consolida como referência em Gestor Público

Famílias de baixa renda do Rio de Janeiro vão receber recursos do governo federal para produzir alimentos de forma comunitária, em hortas sem agrotóxicos, para geração de renda e preservação do meio ambiente.


Agência Brasil – Flávia Villela – Além do Rio, foram beneficiados o Distrito Federal, Pará, Pernambuco, o Rio Grande do Sul e Sergipe. O programa vai destinar R$ 3,2 milhões para os projetos.

No Rio de Janeiro, o projeto proposto pelo governo do estado vai contemplar com o apoio integral do Secretário Municipal de Meio Ambiente, Agricultura e Abastecimento de Duque de Caxias Samuel Maia e os municípios de Nova Iguaçu, Paracambi, São João do Meriti, Seropédica e a zona norte do município, fortalecendo a comercialização dos produtos agrícolas.

A coordenadora-geral do Programa da Agricultura Urbana do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), Maristela Pinheiro, explicou que o objetivo é incrementar a prática em todo o país e ensinar técnicas adaptadas à realidade urbana, como a utilização de recipientes plásticos para a produção de mudas e a transformação de lixo orgânico em compostos para a fertilização dos solos.

“Tornar as cidades produtivas é nosso principal objetivo. As cidades têm muitos espaços ociosos, que poderiam estar produzindo alimentos com a utilização de mão de obra de pessoas de baixa renda. Além disso, a agricultura urbana muda a paisagem da cidade, tornando-a mais verdes. Sem contar que esse tipo de prática serve como terapia ocupacional e estimula hábitos alimentares mais saudáveis”.

O Rio tem um projeto da Secretaria de Agricultura e Pecuária do Estado patrocinado pelo MDS nas regiões de Nova Iguaçu, Mesquita, Japeri, Queimados, Magé e na capital, desde o ano passado. No dia 15 de agosto, os técnicos do MDS vão se reunir com os representantes dos seis estados para explicar o funcionamento do programa e fazer ajustes e alterações necessárias nos projetos. O dinheiro servirá, principalmente, para comprar equipamentos, material de consumo e para a capacitação dos agricultores.

Os produtos agrícolas e pecuários são para autoconsumo, trocas e doações, e o MDS estimula a comercialização para a geração de renda das famílias, contanto que a produção aproveite recursos e insumos locais (solo, água, resíduos, mão de obra, saberes). “Vamos inaugurar uma feira em Duque de Caxias devido ao grande potencial dessa região para a agricultura urbana e, com ela, vamos beneficiar cerca de 150 produtores da região”, disse Maristela.

Desde 2003, cerca de 120 mil famílias foram beneficiadas com o programa, de acordo com o MDS. As famílias recebem assistência técnica, capacitação e insumos por meio dos centros de Agricultura Urbana e Periurbana. Atualmente, existem 12 centros implantados em todo o país e dez em implantação.

No Rio, a agricultura urbana é desenvolvida com incentivo de organizações não governamentais e entidades como a Pastoral do Menor, que, há dez anos, desenvolve um trabalho de plantio de hortas em áreas carentes do município onde a insegurança alimentar é uma realidade.

Maristela lamentou que não exista um marco legal para os agricultores urbanos. “Eles não podem acessar contas públicas e direitos. Por isso, na Conferência Nacional de Segurança Alimentar [7 a 10 novembro], vamos propor uma lei que garanta esta identidade do agricultor urbano que abastece a cidade, principalmente no Rio de Janeiro, onde as hortaliças são majoritariamente produzidas em áreas urbanas”, explicou a representante do MDS.

Para o Secretário Municipal Samuel Maia a parceria com o MDS é a coroação da meta de tornar a agricultura duquecaxiense auto-suficiente e os agricultores terem uma acentuada melhoria de renda, com experiências como o Projeto CAXIAS RURAL.