Exemplo de superação e de bons resultados
Por Fábio Souto
Que o Brasil é o país líder mundial na produção e exportação de diversas culturas de grãos e carne, que dá exemplo no uso de tecnologia no campo e que vem aumentando a produtividade das lavouras ano após ano, nenhum estudo precisa mostrar. Isso está estampado nos noticiários de cada dia. É motivo de orgulho para todos. O que apenas uma pesquisa ampla e de imensa credibilidade pode transparecer são as dificuldades enfrentadas pelos agricultores brasileiros e os exemplos de superação diários de cada um dos trabalhadores rurais.
O Censo Agropecuário 2006 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revela o quanto o agricultura brasileira ainda precisa de apoio governamental. Apesar de apresentar números excelentes – muitos deles cada vez melhores –, o setor agrícola ainda carece de muita atenção. Os produtores têm dificuldade de acessar o crédito, estão endividados e correndo o risco de perderem suas propriedades. Essa é apenas uma parte da fotografia do campo brasileiro. A outra mostra que grande parcela dos estabelecimentos agropecuários ainda não tem energia elétrica e que a maioria dos agricultores é analfabeta. Em contradição, quem olha para esse retrato vê nele os responsáveis pela geração de milhares de empregos em todo o país (cerca de 20% do total de postos empregatícios existentes), pela manutenção do superávit da balança comercial, pelo crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e, principalmente, pela produção da comida diversificada e barata que chega ao prato dos habitantes desta nação.
A atividade agropecuária no Brasil perdeu, entre 1996 e 2006, quase 24 milhões de hectares, destinados para reservas ambientais e terras indígenas, que já somam mais de 60 milhões de hectares. Nada contra a preservação ambiental ou a conservação da identidade indigenista. Muito pelo contrário, a agricultura preza muito para que o desmatamento seja zerado e para que os índios sejam respeitados. Porém, medidas descabidas e não condizentes com a realidade têm sido aprovadas nos últimos anos, prejudicando sobremaneira o trabalho no campo. É por isso que o Congresso Nacional, especialmente a Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados, da qual sou o atual presidente, pretende mudar a obsoleta e demasiadamente costurada legislação ambiental brasileira, instituindo o Código Ambiental Brasileiro, e questiona as desapropriações e demarcações de terras em áreas estratégicas para a agricultura.
A produção aumentou muito até 2006, batendo recordes consecutivos também em 2008 e 2009, primeira e segunda maiores safras de grãos da história do país, respectivamente. A agricultura familiar surpreendeu novamente, com importante participação na produção de hortifrutigranjeiros e na geração de postos de trabalho: os pequenos agricultores empregam cerca de 12 milhões de pessoas. As exportações cresceram, o rebanho brasileiro de gado é o maior do mundo, somos o maior exportador de carne de frango, expandimos o cultivo de transgênicos e a criação de suínos, aumentamos a área irrigada… dados que impressionam. Só não impressionam mais do que saber que dos cinco milhões de estabelecimentos agropecuários consultados pelo Censo 2006, apenas 920 mil deles receberam alguma forma de financiamento para a produção. Saber que a dívida agrícola já chega a R$ 130 bilhões e que os acordos firmados com o Executivo para a negociação dos débitos não são cumpridos. Saber que a assistência técnica oferecida pelo Governo chega a menos da metade das propriedades rurais. Saber que o Governo federal quer, em mais uma tentativa, alterar os índices de produtividade que um agricultor precisa atingir nas lavouras para que não seja desapropriado.
Falta subsídio governamental e falta apoio da sociedade brasileira para que a agricultura receba o tratamento que merece. A atividade já é sólida e de extrema importância para o Brasil, mas precisa ser vista como tal, não como vilã. Foi a agricultura que fez nosso país sair da crise econômica que afetou o mundo no último ano e é ela que sempre salva as contas. O agronegócio, seja do grande ou do pequeno produtor, tem a mesma relevância num conjunto em que quem ganha é a coletividade. Podemos gerar mais riquezas, mais empregos, mais renda, mais divisas para nossos produtos. Se o Governo brasileiro der aos agricultores o valor que eles dão ao Brasil, o país só tem a ganhar.
O Censo Agropecuário 2006 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revela o quanto o agricultura brasileira ainda precisa de apoio governamental. Apesar de apresentar números excelentes – muitos deles cada vez melhores –, o setor agrícola ainda carece de muita atenção. Os produtores têm dificuldade de acessar o crédito, estão endividados e correndo o risco de perderem suas propriedades. Essa é apenas uma parte da fotografia do campo brasileiro. A outra mostra que grande parcela dos estabelecimentos agropecuários ainda não tem energia elétrica e que a maioria dos agricultores é analfabeta. Em contradição, quem olha para esse retrato vê nele os responsáveis pela geração de milhares de empregos em todo o país (cerca de 20% do total de postos empregatícios existentes), pela manutenção do superávit da balança comercial, pelo crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e, principalmente, pela produção da comida diversificada e barata que chega ao prato dos habitantes desta nação.
A atividade agropecuária no Brasil perdeu, entre 1996 e 2006, quase 24 milhões de hectares, destinados para reservas ambientais e terras indígenas, que já somam mais de 60 milhões de hectares. Nada contra a preservação ambiental ou a conservação da identidade indigenista. Muito pelo contrário, a agricultura preza muito para que o desmatamento seja zerado e para que os índios sejam respeitados. Porém, medidas descabidas e não condizentes com a realidade têm sido aprovadas nos últimos anos, prejudicando sobremaneira o trabalho no campo. É por isso que o Congresso Nacional, especialmente a Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados, da qual sou o atual presidente, pretende mudar a obsoleta e demasiadamente costurada legislação ambiental brasileira, instituindo o Código Ambiental Brasileiro, e questiona as desapropriações e demarcações de terras em áreas estratégicas para a agricultura.
A produção aumentou muito até 2006, batendo recordes consecutivos também em 2008 e 2009, primeira e segunda maiores safras de grãos da história do país, respectivamente. A agricultura familiar surpreendeu novamente, com importante participação na produção de hortifrutigranjeiros e na geração de postos de trabalho: os pequenos agricultores empregam cerca de 12 milhões de pessoas. As exportações cresceram, o rebanho brasileiro de gado é o maior do mundo, somos o maior exportador de carne de frango, expandimos o cultivo de transgênicos e a criação de suínos, aumentamos a área irrigada… dados que impressionam. Só não impressionam mais do que saber que dos cinco milhões de estabelecimentos agropecuários consultados pelo Censo 2006, apenas 920 mil deles receberam alguma forma de financiamento para a produção. Saber que a dívida agrícola já chega a R$ 130 bilhões e que os acordos firmados com o Executivo para a negociação dos débitos não são cumpridos. Saber que a assistência técnica oferecida pelo Governo chega a menos da metade das propriedades rurais. Saber que o Governo federal quer, em mais uma tentativa, alterar os índices de produtividade que um agricultor precisa atingir nas lavouras para que não seja desapropriado.
Falta subsídio governamental e falta apoio da sociedade brasileira para que a agricultura receba o tratamento que merece. A atividade já é sólida e de extrema importância para o Brasil, mas precisa ser vista como tal, não como vilã. Foi a agricultura que fez nosso país sair da crise econômica que afetou o mundo no último ano e é ela que sempre salva as contas. O agronegócio, seja do grande ou do pequeno produtor, tem a mesma relevância num conjunto em que quem ganha é a coletividade. Podemos gerar mais riquezas, mais empregos, mais renda, mais divisas para nossos produtos. Se o Governo brasileiro der aos agricultores o valor que eles dão ao Brasil, o país só tem a ganhar.
Fábio Souto é deputado federal (DEM-BA) e presidente da Comissão de Agricultura na Câmara
Os artigos publicados não expressam necessariamente a opinião do Caxias Mais Verde
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