quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Saiu no jornal

Leia matéria do jornal "O Dia" de 17 de janeiro de 2010.

Receita simples que salva vidas
Mistura de sementes, folhas, farelos e frutas criada por Zilda Arns livra brasileirinhos da desnutrição há 25 anos

Os irmãos Brenda, 3 anos, e Breno, 4 anos, ganharam peso graças à farinha misturada ao alimento

O pequeno Breno de Souza Santana não conheceu Zilda Arns, fundadora e coordenadora internacional da Pastoral da Criança, morta no terremoto do Haiti, mas uma receita criada pela pediatra mudou sua vida. Breno, de 4 anos, era uma criança apática, que passava os dias deitada no sofá, até que começou a ter suas refeições complementadas pela multimistura – uma combinação de sementes, folhas, farelos e frutas. Em 25 anos, a receita salvou milhões de brasileirinhos da desnutrição.
“Meu filho não tinha vontade de brincar. Eu estava desesperada. Depois que ele começou a ter a alimentação complementada pela farinha, ganhou 5 quilos, passou a brincar e correr como um menino da idade dele”, diz Silvânia Souza, 27.
Segundo a nutróloga Tamara Mazaracki, a multimistura é rica em carboidratos, proteína e gorduras, que são fundamentais para o crescimento, ganho de peso e nutrição das crianças. “Muitas vezes, os pais não têm condições de oferecer uma refeição completa. Mesmo quando dão arroz, feijão e uma carne, isso ainda é uma dieta pobre para uma criança”.
O complemento alimentar, que deve ser misturado à refeição ou ao leite, pode ser feito em cooperativas ou em casa. Além das sementes, folhas, farelos e frutas, é acrescentado óleo para aumentar a recuperação dos desnutridos. “Criança desnutrida gasta mais calorias do que consome”, diz Tamara.
Ex-diretor de segurança alimentar de Duque de Caxias, José Zumba viu nascer a Pastoral da Família na cidade da Baixada Fluminense. “Uma das grandes táticas foi a orientação que dava às mães sobre como aproveitar restos de alimentos, como cascas de legumes”.
Moradora de Caxias, Cristina Martins, 30, conta que a filha Letícia dos Santos, 4, pesava 7 kg aos 2 anos. O peso médio nessa idade é de 12 kg. “Ela falava, não brincava. Agora, engordou 4 quilos”.

Letícia, 4 anos, briga contra a desnutrição: multimistura é aliada

Diretor do departamento de ações estratégicas do Ministério da Saúde, José Telles afirma que os alimentos que são processados na multimistura, como folhas de mandioca e sementes de abóbora, são fontes baratas de proteínas e ferro e, portanto, acessíveis. “São mais de 1,9 milhão de gestantes e crianças beneficiadas”.

Nutrição


Receita: A multimistura não tem uma receita específica. O ideal é que se use os ingredientes disponíveis em cada região. Geralmente são usados farelos, sementes, pó de folhas verde-escuras e cascas de ovos.
Farelos: De milho, arroz e trigo são ricos em carboidratos complexos, que auxiliam o ganho de peso e a formação de massa muscular. Além disso, são ricos em vitaminas e minerais.
Sementes: De abóbora, melancia e gergelim são fontes de gorduras saudáveis, importantes para a formação de células nervosas e a função cardiovascular. As sementes de abóbora são ricas em zinco, mineral essencial para crescimento dos músculos, ossos, para a melhora da cicratrização e da função imunológica.
Folhas verdes: De aipim, batata-doce e abóbora são fontes de vitaminas do complexo B e ácido fólico, que previne anemias e ajuda a formação e recuperação das células nervosas. As folhas de abóbora e de batata-doce são ricas em vitamina A, importantes para a visão e para a constituição muscular.

Texto: Pâmela Oliveira/Fernanda Alves/O Dia
Fotos: Paulo Alvadia/O Dia

Carta do Prefeito Zito sobre falecimento da Dra. Zilda Arns

Íntegra da carta escrita pelo prefeito de Duque de Caxias, José Camilo Zito, lamentando o falecimento da médica sanitarista Dra. Zilda Arns, vítima do terremoto em Porto Príncipe, capital do Haiti.




À MITRA DIOCESANA
D. José Francisco Rezende Dias
A/C Pe. Renato Gentile
Vigário Geral da Diocese de Duque de Caxias

É com respeito e apreço que me dirijo a Vossa Reverendíssima para externar o nosso pesar pelo falecimento da Dra. Zilda Arns, e de nossos irmãos cristãos católicos.
Sabemos o quanto significa para nossa cidade o trabalho profícuo da Pastoral da Criança, coordenada pela Igreja Católica no Brasil inteiro e que hoje já chega a mais de vinte países espalhados pelo mundo, em benefício das crianças atingidas pela desnutrição, gerada pela miséria em várias regiões de nosso País e infelizmente, ainda, também em nossa cidade.
Sem ter concluído nossos esforços para minorar o sofrimento daqueles que foram vitimados pelas últimas enchentes em Duque de Caxias, e sofrendo também pela tragédia em Angra dos Reis, somos agora impactados pelo cataclismo no Haiti, onde, lamentavelmente, estamos contabilizando a morte de brasileiros que estavam em nobre missão de paz naquele país, dentre eles a Dra. Zilda Arns.
O homem é eterno quando sua obra é eterna.
É assim que vemos o trabalho da Dra. Zilda Arns em prol dos mais humildes. Elevado e perene.
Nesse momento de dor, nos solidarizamos com a Pastoral da Criança, com a família da Dra. Zilda Arns, e com aqueles que sofrem em todos os lugares com a perda de seus entes queridos.
Cordialmente,

JOSÉ CAMILO ZITO DOS SANTOS FILHO
Prefeito de Duque de Caxias



Dra. Zilda Arns (25/08/1934-12/01/2010)

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Casa da Mulher leva frequentadoras ao Parque da Taquara

Logo no desembarque a alegria já era contagiante

Parceria entre a Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos (SMASDH) e a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Agricultura e Abastecimento (SMMAAA) proporcionaram um inesquecível passeio de frequentadoras da Casa da Mulher Caxiense Ruth Cardoso ao Parque Natural Municipal da Taquara. A iniciativa aconteceu no dia 21 de janeiro e foi marcada pela euforia logo na chegada das mulheres que percorreram trilhas, conheceram as cachoeiras e se refrescaram nas piscinas naturais do parque.
Uma grande festa tomou conta da turma logo na partida do micro-ônibus da SMASDH da Casa da Mulher. O grupo foi recebido por uma equipe da unidade de conservação, e logo após uma breve explanação sobre meio ambiente e as instalações daquela reserva, iniciou-se uma caminhada pelas trilhas sob o comando dos guias do parque. Ao longo do caminho, as mulheres foram apresentadas a dezenas de espécies de plantas e árvores cujos nomes eram desconhecidos para a maioria delas.
O ponto máximo do passeio ficou por conta das piscinas naturais e das cachoeiras que serpenteiam o parque com suas águas cristalinas e refrescantes. Assim que se depararam com o cenário, as mulheres se preparam para se banhar naquelas águas transparentes em meio à Mata Atlântica.
O passeio foi coordenado pela diretora da Casa da Mulher, Isabel Iack, e por Eraldo Brandão, da SMMAAA. Ao final do passeio, a opinião de todo o grupo convergia numa única corrente: o Parque da Taquara merece o respeito de todos e o máximo de empenho para que seja preservado como uma reserva natural de Duque de Caxias.


Mulheres assistem a uma palestra sobre meio ambiente antes do passeio

Texto: Nelson Soares/Assessoria de Comunicação PMDC
Fotos: divulgação/SMMAAA

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Meio Ambiente leva Pimpolhos da Grande Rio a passeio na área rural

Programado pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Agricultura e Abastecimento (SMMAAA), cerca de 20 passistas mirins e adolescentes da escola de samba Pimpolhos da Grande Rio fizeram um passeio nesta quinta-feira em propriedades rurais do quarto distrito de Duque de Caxias, onde conheceram o trabalho das famílias agricultoras do município. Acompanhados da médica veterinária Renata Briata, da SMMAAA, eles visitaram o sítio Mayama, um dos mais importantes produtores de goiaba do município, e a Fazenda Tico-Tico, especializada em piscicultura, com 60 tanques produzindo dezenas de espécies de pescado, ambas localizadas em Xerém. O passeio, que começou às 9h, terminou às 14h no Horto Municipal, onde os pimpolhos conheceram várias plantas medicinais, temperos e árvores da Mata Atlântica. Nesta sexta-feira, o grupo estará no Parque Natural Municipal da Taquara, onde aprenderá sobre a importância da água na vida dos seres humanos.

Glauceano Porto mostra uma goiabeira à filha, Laura, de 2 anos

No Sitio Mayama, os pimpolhos tiveram uma recepção calorosa do agricultor Marcelo Matsumoto. Com muita paciência, ele revelou as várias técnicas que usa para que o fruto fique maior e como faz para manter as goiabeiras em tamanho uniforme. “Isso facilita a colheita e possibilita que o sol atinja melhor a planta", explicou. Matsumoto tem 900 goiabeiras plantadas numa área de 70 mil m² e chega a colher até 4 mil caixas da fruta no pico da produção, que acontece entre fevereiro e março. Curiosas, as crianças aproveitaram para comer algumas goiabas maduras. Segundo Matsumoto, na colheita apenas as frutas ainda verdes são comercializadas. “Até amadurecerem, elas suportam melhor o transporte e o peso de uma sobre as outras. Ao final da visita, entendendo “tudo” sobre produção de goiaba, todos se refrescaram com um suco geladinho da fruta preparado pelo produtor.

Marcelo Matsumoto guia os pimpolhos entre as goiabeiras no sítio Mayama

A segunda visita, na fazenda Tico-Tico, o simpático proprietário José Maria Duarte ensinou vários segredos sobre a produção de pescado. Falou sobre dessexagem, que faz com que o peixe cresça rápido e ganhe mais peso. Duarte revelou que possui 60 tanques com dezenas de espécies de peixes. “Tenho tanques de até 10 mil m², com espécies como tilápia, tambaqui, pirarucu, dourado e tucunaré”, revelou. Segundo o piscicultor, um laboratório montado na fazenda se destina à produção dos alevinos que são separados e distribuídos nos tanques na medida em que são feitas as despescas. Ele mostrou dois grandes tambaquis pescados por clientes da fazenda. Além de peixes, Duarte também possui algumas vacas leiteiras. Levando o grupo a um dos currais, desafiou os pimpolhos a ordenhar uma delas. Muitos tentaram, mas poucos conseguiram tirar o leite da vaquinha.

O pimpolho José Luiz da Silva, 9 anos, disse que o passeio foi muito proveitoso porque permitiu o conhecimento da rotina das famílias que produzem as mercadorias que compramos nos mercados. “Aprendi até a tirar leite da vaca, mesmo com um pouco de receio do animal”, comentou o jovem.

José Luiz da Silva aprende a ordenhar uma vaca

Para a coordenadora pedagógica do projeto Pimpolhos, Rachel Castanheira, a iniciativa da SMMAAA foi muito positiva. “Com este passeio, os jovens têm oportunidade de manter contato com um tipo de vida que não conheciam e saber o que acontece até que produtos como a goiaba e o pescado cheguem até seu prato”, observou.




Rachel Castanheira exibe uma tilápia na fazenda Tico-Tico

Por volta de 14h, depois de receberem informações sobre a ação de algumas plantas medicinais sobre dores de cabeça, inflamação, cólicas menstruais e diarréia, os pimpolhos voltaram para casa. Cansados do forte calor do verão, mas contentes.

Texto: Nelson Soares/Assessoria de Comunicação PMDC
Fotos: Everton Barsan/Assessoria de Comunicação PMDC

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Saiu no jornal

Leia reportagem publicada em 10/01/2010 no caderno "Vida & Meio Ambiente", do jornal "O Dia".

Nem sempre a culpa é do clima
Ocupação desordenada em encostas, morros e margens de rios é a principal causa de tragédias que provocam perdas humanas e patrimoniais. A qualidade de vida também é afetada, com a contaminação de solos e da água

Nas últimas semanas, a natureza mostrou, de forma cruel, o preço de ocupação desordenada das cidades, com desrespeito às limitações geográficas e ambientais. Esses fatores encontraram reflexo, em especial, nas tragédias do dia 1º em Angra dos Reis e na Ilha Grande, no litoral sul fluminense, onde o desconhecimento e a falta de previdência resultaram em perdas de vidas e patrimônios. Mas as conseqüências, poucos avaliam, são para além dos acidentes e causam males contínuos. Construções em encostas, morros e à beira de rios contaminam solos, lençóis de água e também agridem o meio ambiente.
Ex-presidente da Associação Brasileira de Mecânica dos Solos e Engenharia Geotécnica (ABMS) e professor da disciplina na PUC-Rio, Alberto Sayão afirma que, a despeito da legalidade das licenças para as construções, infortúnio como o que ocorreu na Enseada do Bananal, na Ilha Grande, poderia ter sido evitado se o terreno tivesse passado pela avaliação de um especialista.
“O risco é formado por dois componentes: o primeiro é a probabilidade de ruptura do solo e deslizamento; o segundo é a consequência dessa ruptura, em custo e número de vidas. Na probabilidade de ruptura, entram fatores como tipo de solo, umidade e inclinação, a parte geométrica”, diz. Cada corte em parede de solo, em geral, de baixo para cima, altera artificialmente a geometria do terreno, fragilizando seu cume. A instabilidade causada nas partes elevadas pode ocasionar de movimentos repentinos de grandes massas de terra e rochas a catástrofes.
O engenheiro lembra Hong Kong, na Ásia, que na década de 1970 começou a enfrentar problemas com ocupação não organizada de encostas. “A cidade tinha muitas semelhanças com o Rio, em densidade populacional, geologia, topografia e clima, que é subtropical com chuvas. Quando as comunidades começaram a subir os morros, o poder público optou pela remoção, construindo conjuntos habitacionais nas bases. Eram prédios de seis, oito andares, sem elevador. Mas funcionaram”, observa Sayão.


Com topografia e geologia semelhantes às do Rio, Hong Kong, na Ásia, construiu conjuntos habitacionais para impedir expansão de comunidades nas encostas
Microclima e chuvas podem ser alterados artificialmente
Cada casa construída em encostas, morros e margens de rios, observa o professor e engenheiro Alberto Sayão, influi na vida das pessoas e impacta o meio ambiente. A qualidade da água é afetada pelo sistema de esgotamento e despejo de lixo, o que pode provocar doenças, e o desmatamento para a ocupação, no longo prazo, altera o microclima de uma região, mudando até o regime de chuvas. “É como uma cicatriz”, completa Sayão.
A erosão e o desmatamento urbanos causam a morte da fauna e da flora e soterram lagos e rios – fenômeno conhecido como assoreamento. Esse processo preenche o volume original dos rios e lagos e, com as grandes chuvas, os espelhos de água extravasam, causando as grandes enchentes.
Sayão defende a criação de um órgão estadual que ordene a ocupação nas cidades, a exemplo da Geo-Rio. “Muitos municípios, como Angra dos Reis, não têm condições de assumir esse responsabilidade sozinhos”, argumenta o engenheiro. Mas ele vê avanços rumo às soluções. “Até bem pouco tempo, mesmo as autoridades culpavam as chuvas pelas catástrofes. Agora, o discurso é outro. Estão assumindo que é preciso ação. É uma mudança de atitude positiva”, conclui.
Texto: Leila Souza Lima (O Dia)
Foto: divulgação

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Secretário de Meio Ambiente visita Coppe para discutir projetos


Paulo Canedo, responsável pelo Laboratório de Hidrologia da Coppe, apresenta propostas para Duque de Caxias

O secretário municipal de Meio Ambiente, Samuel Maia, se reuniu com engenheiros do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), para discutir ações de combate às chuvas na cidade. Uma das propostas apresentadas foi a ampliação da área rural, evitando a ocupação de áreas de risco. Medidas preventivas, como o planejamento a longo prazo, também fizeram parte encontro. A visita aconteceu na quarta-feira, 13 de janeiro, no Bloco I do Centro de Tecnologia, na Cidade Universitária.
A idéia da reunião surgiu na semana passada, quando o prefeito José Camilo Zito recebeu do governador Sergio Cabral um levantamento feito pelo Laboratório de Hidrologia da Coppe. Segundo Samuel Maia, fixar o homem ao campo seria uma alternativa. “Uma das soluções imediatas para Duque de Caxias é ampliar o distrito rural, para haver o controle de áreas de expansão urbana”, declarou o secretário.

Samuel Maia estuda proposta no Coppe UFRJ

A diretora de Gestão de Águas e do Território do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), Rosa Formiga, associa à poluição dos cursos d’água à ocupação desordenada das margens dos rios. “Para controlar os níveis atuais de inundação será preciso aumentar as áreas de preservação. Isso é primordial para a Baixada Fluminense”, enfatizou.
O engenheiro Paulo Marcelo Lambert tem acompanhado as áreas mais atingidas em Duque de Caxias para avaliar a situação e propor ações de curto, médio e longo prazo que farão parte da proposta técnica que será entregue pela Coppe para o prefeito Zito. “A Prefeitura tem uma preocupação com o hoje e com o futuro. Queremos soluções de vida longa”, destacou Samuel Maia.

Secretário de Meio Ambiente visitou Coppe para discutir projetos

Como resultado dessa parceria, foi consenso que a recorrência de temporais em Duque de Caxias, aliada à situação geográfica, ambiental e social no município exige uma ação pró-ativa, com a manutenção de mecanismos preventivos e de emergência prontos para serem acionados.

O professor Paulo Canedo sugeriu ao secretário Samuel Maia a remoção de famílias em pontos atingidos por enchentes. Segundo ele, o projeto propõe a construção, a longo prazo, de parques inundáveis, barragens e diques em bairros de Duque de Caxias.

Texto: Aline Brandão/Assessoria de Comunicação PMDC
Fotos: Everton Barsan/Assessoria de Comunicação PMDC

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Opinião: água


Confira artigo escrito pelo pesquisador da Embrapa Meio Ambiente Marco Antonio Ferreira Gomes sobre a necessidade de melhor aproveitamento dos recursos hídricos pela sociedade.

Com o crescimento urbano, a expansão industrial e a demanda por energia hidrelétrica de um lado, e a poluição das águas superficiais e subterrâneas e as mudanças climáticas provocando severas secas de outro, fica cada vez mais difícil obter água limpa.

Para ler o artigo completo, clique aqui.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Presidente Lula sanciona Política Nacional sobre Mudança do Clima

Presidente fez três vetos ao texto original aprovado no Congresso Nacional

A lei que institui a Política Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC, Lei Federal nº 12.187) foi sancionada em 29 de dezembro pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Aprovada pelo Senado em novembro, a PNMC fixa em lei o compromisso do Brasil em reduzir, até 2020, as emissões projetadas de gases do efeito estufa, entre 36,1% e 38,9%.
Lula fez três vetos ao texto original aprovado no Congresso Nacional, publicados também no dia 29 em edição extra do Diário Oficial da União. O primeiro deles foi solicitado pela Advocacia-Geral da União, e trata da proibição de contingenciamento de recursos para o combate às mudanças climáticas. Também foi acatada pelo presidente Lula a sugestão do Ministério de Minas e Energia de vetar o artigo que prevê o paulatino abandono do uso de fontes energéticas que utilizem combustíveis fósseis.
O último ponto vetado abrange itens do artigo 10 da lei, em especial o que limita os estímulos governamentais às usinas hidrelétricas de pequeno porte. De acordo com o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, o Governo também quer estimular as de médio e grande porte, pois o País não pode prescindir da energia proveniente delas para o seu desenvolvimento.
A meta de diminuição na emissão de gases de efeito estufa é a mesma apresentada pelo Brasil durante a Conferência do Clima, realizada em dezembro em Copenhague (Dinamarca). O detalhamento de como o país a alcançará será fixado por meio de um decreto presidencial, em que estarão especificadas as iniciativas que cada setor da economia deverá tomar. "Não basta ter metas numéricas, é preciso ter os instrumentos que vão garantir que elas sejam atingidas", disse Minc. A expectativa do Governo é de que o decreto seja publicado nos primeiros meses de deste ano.
Texto: Ascom/MMA (adaptado)
Foto: divulgação

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Saiu no jornal

Saiu na coluna "Informe do Dia", do jornalista Fernando Molica, no jornal "O Dia" de 12 de janeiro de 2010.

Duque de Caxias comemora: a Secretaria Estadual de Agricultura certificou que 100% do gado na cidade foi vacinado contra febre aftosa.

Meio Ambiente de Caxias apresenta a natureza a membros de escola de samba mirim

Samba no pé e educação ambiental andando juntos em Duque de Caxias. A ONG Escola da Samba Mirim Pimpolhos da Grande Rio e a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Agricultura e Abastecimento estabeleceram na sexta-feira uma parceria para apresentar a alguns de seus jovens membros os mananciais de água límpidas em parques e reservas municipais, além da produção agropecuária da cidade. Tudo isso para que conheçam o tema de suas alas carnavalescas para este ano – Água e Agricultura -, reunindo cerca de 20 crianças entre 10 e 12 anos na apresentação do enredo “Recicla Vida! Conhecendo o passado, entendendo o presente para transformar o futuro”.
O secretário Samuel Maia recebeu as coordenadoras pedagógicas da Pimpolhos da Grande Rio – Jackeline Vaz, Raquel Castanheira e Marcia Pessoa –, que apresentaram a ele os objetivos da ONG e o enredo deste ano. “Não queremos que as crianças apenas desfilem. Temos um projeto educacional por trás disso que vai além do próprio carnaval. Por isso, queremos que as crianças conheçam ao vivo os temas que ilustram suas alas antes do desfile”, explicou a coordenadora Jackeline Vaz. “Muitas dessas crianças nunca viram de onde vem a comida ou como nasce os rios. Será uma experiência inesquecível” ressaltou Samuel.

Samuel Maia e as representantes da Pimpolhos da Grande Rio

Além de participar do desfile das escolas de sambas mirins no sambódromo do Rio de Janeiro, realizado uma semana antes do desfile do Grupo Especial, a ONG Escola de Samba Mirim Pimpolhos da Grande Rio realiza atividades educacionais, oficinas, trabalhos de conscientização e busca a inclusão social de crianças carentes através da arte e da cultura.
“Após as dificuldades que parte de nossa população passou devido às chuvas do fim do ano passado, e que nós todos, servidores da Prefeitura e voluntários, nos esforçamos para solucionar, continuamos com nossos projetos e na busca de novas parcerias para a cidade”, declarou o secretário Samuel Maia. Segundo ele, as crianças vão conhecer criações do peixe tilápia e gado bovino e parte da produção agrícola desenvolvida na cidade. Irão também conhecer as cachoeiras e as nascentes do Parque Natural Municipal da Taquara e da Reserva Biológica do Parque Equitativa – a primeira reserva biológica municipal da Baixada Fluminense, criada em dezembro passado e com 1,5 milhão de metros quadrados de extensão.

Parceria entre a escola de samba mirim e Secretaria de Meio Ambiente é aprovada


Texto: Vinicius Marins/Assessoria de Comunicação PMDC
Fotos: Everton Barsan/Assessoria de Comunicação PMDC

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Entrevista com Samuel Maia

O Caxias Mais Verde estreia seu novo visual com uma entrevista concedida pelo secretário municipal de Meio Ambiente, Agricultura e Abastecimento, Samuel Maia, ao blog "Cultura, papo e outras coisas..." no final de dezembro de 2009.
Na entrevista, Samuel Maia fala das principais realizações de seu primeiro ano à frente da Secretaria de Meio Ambiente, a criação da Reserva Biológica do Parque Equitativa (a primeira reserva biológica municipal do estado) e principais projetos para 2010.


Para ler a entrevista na íntegra, clique aqui.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Benedita visita áreas de risco em Caxias e doa roupas e alimentos para vítimas das chuvas

Acompanhada da secretária municipal de Assistência Social de Duque de Caxias, Claise Maria Zito, a secretária estadual de Assistência Social e Direitos Humanos, Benedita da Silva, visitou, nesta quinta-feira vários bairros de Duque de Caxias castigados pelas chuvas que atingiram a Baixada Fluminense na virada do ano. Sensibilizada com a situação das famílias, Benedita enviou 1,5 tonelada de alimentos, uma bobina grande para a confecção de fraldas descartáveis e centenas de peças de roupas e calçados para serem doados às vítimas das enchentes na cidade.
Cel. Ronaldo Reis, da Defesa Civil, com Benedita e Claise em visita ao Alto Primavera
Benedita também esteve no bairro Pilar, um dos mais afetados pelas inundações do fim de ano. Ela pôde ver de perto os estragos feitos pela enchente no abrigo Tiago Félix, que mantinha 46 idosos e está sem condições de funcionar. Ela se comprometeu a conseguir uma das instituições do estado para abrigar os idosos, que estão distribuídos em abrigos localizados nos bairros Capivari e 25 de Agosto.
Claise e Benedita diante das doações entregues pelo governo estadual
Claise contou a Benedita as dificuldades provocadas pelo grande volume de chuva que vem atingindo Duque de Caxias desde novembro, deixando centenas de famílias desabrigadas. “Nossa cidade vai ficar em situação de emergência durante todo o verão porque estamos percebendo que os fenômenos climáticos estão mais intensos. Locais onde nunca houve inundações estão ficando alagados, e outros que já sofriam com as enchentes estão ficando com nível de água cada vez mais elevado com as tempestades”, observou Claise. Ela lembrou que, desde novembro, os bairros Pilar, Amapá, São Bento, Jardim das Flores, Campos Elíseos, Saracuruna, Imbariê e Parada Morabi foram os mais atingidos pelas chuvas.

Samuel Maia, Benedita e Claise observaram construções nas áreas de risco

Benedita disse que não vai poupar esforços para ajudar as famílias vítimas das enchentes em Duque de Caxias. “Tenho certeza que o governador Sérgio Cabral compartilha das mesmas preocupações e vai trabalhar com o Governo federal por verbas para ajudar estas famílias”, disse. O grupo, que incluía também o secretário municipal de Meio Ambiente, Samuel Maia, e o coordenador de Defesa Civil, Ronaldo Reis, esteve também na localidade do Alto Primavera, uma área de risco onde estava sendo erguida uma comunidade. “Esta região é imprópria para construções e mesmo assim estavam negociando lotes clandestinos”, informou Reis, acrescentando que as construções foram interditadas. Segundo Samuel Maia, depois que os imóveis forem demolidos, a área vai ser reflorestada com espécies nativas.

Texto: Antonio Pfister/Assessoria de Comunicação PMDC
Fotos: Everton Barsan/Assessoria de Comunicação PMDC

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Zito discute recuperação do município com vice-governador

Os estragos provocados pelas fortes chuvas que atingiram o estado e Duque de Caxias levaram o prefeito José Camilo Zito a discutir alternativas emergenciais para a solução dos problemas na Baixada Fluminense.
O assunto foi tratado com o vice-governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, e outros governantes da Baixada, em reunião no Rio.
Durante o encontro, a secretária estadual do Ambiente, Marilene Ramos disse que o principal projeto do Estado na Baixada Fluminense é o de dragagem da bacia dos rios Iguaçu e Botas, com a recomposição das margens e a retirada de moradias irregulares. “São cerca de 5 mil famílias que precisarão ser removidas para que as margens dos rios sejam urbanizadas, a calha do rio ampliada e, com isso, acabem as enchentes”, afirmou.
“Estamos todos trabalhando de braços dados para resolver a situação. Pela primeira vez estamos todos unidos em prol da melhoria da região, o que demonstra que teremos sucesso”, afirmou o prefeito Zito.
Segundo o secretário municipal de Meio Ambiente, Samuel Maia, a parceria entre o Governo estadual e a Prefeitura já está acontecendo. “Máquinas já foram colocadas para limpeza dos rios Iguaçu e Sarapuí. Um pedido do prefeito Zito que foi acatado pelo Estado é que a limpeza seja feita a partir da Baía de Guanabara, beneficiando os moradores da baixada”, enfatizou.
Para atender a população atingida e prejudicada pelas chuvas, foram mobilizadas 350 pessoas, entre Defesa Civil e voluntários. A Secretaria Municipal de Obras colocou nas ruas 250 trabalhadores, 25 caminhões e 13 máquinas pesadas para desentupimento de redes de drenagem e de esgotos, além de limpeza das ruas.
Zito tratará novamente sobre o assunto em reunião com o governador Sérgio Cabral. E no próximo dia 13, estarão com o presidente Lula e prefeitos da Baixada, estudando projetos de reconstrução das cidades afetadas.

Texto: Aline Brandão/Assessoria de Comunicação PMDC

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Saiu no jornal

Confira reportagem publicada no caderno "Vida & Meio Ambiente", do jornal "O Dia", em 27/12/2009.

“Maior do mundo”
Projeto desenvolvido na Ilha de Mexiana, no Pará, permite pesca do pirarucu sem dizimar espécie
Caboclos marajoaras não escondem a felicidade com a pesca farta na época certa.
Eles vêm desenvolvendo maior consciência sobre a exploração não predatória do pirarucu

“Maior do mundo aquiiiii!”. O grito do caboclo marajoara ecoa na paisagem seca e árida, agora em fase de mudança, por conta da chegada das chuvas, da Ilha de Mexiana (PA). E é nesse “pingo” de terra banhado pelo estuário do Rio Amazonas, cortado pela linha do Equador e de cara para o Oceano Atlântico, que o maior peixe de água doce de escama do mundo, o pirarucu, se reproduz e cresce. Mas também alimenta projeto de desenvolvimento sustentável que mostra a possibilidade que mostra a possibilidade de exploração dos recursos da Amazônia pelo homem sem causar desequilíbrio ou dano à natureza. O Projeto Pirarucu se desenvolve na Fazenda Santo Ambrósio. É por lagos interligados a uma rede de canais que o peixe circula livremente. Graças a esses canais abertos pelo homem, os pirarucus deixaram de morrer secos no leito dos lagos de várzea e riachos da propriedade, quando as chuvas desaparecem do Arquipélago do Marajó, onde Mexiana está situada. Além, claro, de permitir a entrada e saída dos peixes na fazenda em épocas de cheia e o manejo dos animais que serão pescados com fins comerciais, como aconteceu em novembro, quando, em um só dia, 12 toneladas de pirarucu foram fisgadas. Para da carne seguiu para o exterior. A produção sustentável para fins comerciais tem retorno de diferentes formas. Seja através das pesquisas que ajudam a conhecer melhor a espécie; seja nos conceitos ambientais que vão sendo agregados pelos ilhéus; seja na preservação do pirarucu – a despesca tem padrões específicos para que o ciclo reprodutivo não seja atingido –; seja pela melhoria da qualidade de vida dos caboclos por conta da geração de recursos. “Nosso projeto é de autossustentabilidade. E acreditamos que pode revolucionar e mostrar uma vocação da Amazônia”, aposta o empresário paraense Luiz Rebelo Neto, idealizador do empreendimento que vem atraindo variada trupe de visitantes a Mexiana para ver, pescar e provar o “maior do mundo”: de pesquisadores até renomados chefs, como o catalão Ferran Adrià.
Paixão dos japoneses pelo pirarucu inspirou ideia
De projeto turístico a um empreendimento sustentável. Empresário paraense criou área para orientais pescarem. Hoje, canais e lagos garantem sobrevivência do peixe e de famílias

O Projeto Pirarucu foi idealizado a partir da paixão de um povo do outro lado do planeta pelo peixe milenar. “Em 1986 estive no Japão e percebi a paixão dos japoneses pelo peixe. Para o japonês, o pirarucu é um mito. Então pensei: por que não proporcionar a eles a emoção de pegar um?”, conta Luiz Rebelo. Da ideia inicial, então mais voltada para o turismo, ao projeto hoje em desenvolvimento muita coisa aconteceu, especialmente a concepção do empreendimento.
A começar pela estrutura implantada em Mexiana. Atualmente, são cerca de 50 quilômetros de canais abertos e 2 mil hectares de lagos perenizados – a meta é chegar a 20 mil hectares de lagos. Da observação do peixe, pesquisas e o conhecimento dos caboclos surgiu a linha hoje definida e metas para permitir melhor reprodução da espécie, além do manejo. Um laboratório e tanques especiais ajudam a proteger os alevinos do pirarucu dos predadores até o crescimento do peixe.
“Nosso objetivo é melhorar a reprodução e assim reduzir a quantidade de peixes mortos”, destaca Rebelo. Pesquisa à parte, ele acentua que a rede de canais interligados aos lagos não impede que os pirarucus migrem para fora da fazenda, e vice-versa, na época das cheias alimentadas pelas chuvas, que começam em fins de dezembro e seguem por alguns meses. O manejo permite a abertura de comportas. É no período da cheia que o pirarucu procura as área alagadas e protegidas de várzea para se reproduzir.
Luiz Rebelo e os tanques para criação de filhotes que vão para os lagos
Canais continuam sendo abertos nas terras da Fazenda Santo Ambrósio

“O peixe aqui tem a liberdade de sair, pegar o Rio Amazonas e ir. Durante quatro meses do ano ele tem acesso ao Amazonas. De início, os lagos secavam, os adultos saíam quando as águas começavam a baixar, mas os filhotes deles não conseguiam sobreviver. Eles morriam porque os lagos secavam, não eram perenes”, explica. Com a manutenção dos grandes lagos, melhoraram as condições de acesso da água ao Amazonas, que tem influência das marés. “E aí passou a não faltar mais água. E esse peixe que morria seco hoje cresce e é capturado na hora certa”, acrescenta.
Para evitar que a predação do pirarucu dizime outras espécies, essas também têm a reprodução incentivada. “Trabalhamos essa reprodução para manter o equilíbrio. Em 2010, serão 20 milhões de alevinos de espécies variadas”, diz Rebelo. Além dos investimentos no negócio, o sucesso do projeto da Fazenda Santo Ambrósio também é explicado pelo respeito aos conhecimentos dos nativos sobre a natureza do local. “Tivemos grandes projetos da Amazônia, com muito dinheiro, que não deram certo, como o caso do Jari e da Fordlândia. Têm que ser resolvidos com as nossas dificuldades. E o caboclo conhece isso bem”, aposta Rebelo.
Caboclos aprendem a preservar a rica fauna dos riachos e lagos da região
Natureza é espetáculo à parte na ilha

Os pirarucus são a grande atração de Mexiana. Mas é impossível não se olhar ao redor de rios, canais e lagos. O conjunto de fauna e flora, que muda completamente entre as épocas de alagamento e seca, fazem parte da ilha um lugar ímpar no Arquipélago do Marajó.
Além da fartura de peixes, por lá já foram catalogadas 189 espécies de aves, inclusive as aquáticas. Não é raro se verem revoadas de tucanos pela manhã. E gaviões a planar pelos céus.
Pelos campos, além de búfalos e cavalos marajoaras, é possível topar com bandos de capivaras ariscas, porcos-do-mato, tatus e até felinos.
Nada que assuste os moradores da vila de funcionários da Fazenda Santo Ambrósio, dotada até de escola. Ali, eles são parceiros da natureza.
Sucuris, quando encontradas, são devolvidas para áreas de mata fechada
Carne, escamas e pele do peixe são aproveitados

A prova de que o pirarucu se adapta aos criadouros da Fazenda Santo Ambrósio é a chegada anual dos cardumes com as cheias para o período de reprodução. “Se ele não for atacado, fica no local acompanhando o filhote até o mesmo alcançar 50 centímetros. Se for atacado, abandona tudo e vai embora. E aí, as piranhas atacam os filhotes”, explica José Eli Rocha Sá, o Zé, um dos pescadores da colônia da Ilha de São Miguel, em Santarém (PA), que em novembro participou da despesca nos lagos de Santo Ambrósio.
O grupo, pela experiência desenvolvida na Ilha de São Miguel, faz a contagem do número de peixes nos lagos, além de participar da pesca. A contagem é visual e ocorre em ciclos de 20 minutos. Ou seja, durante esse período, é observado o número de peixes com base no respiro e movimentos na água.
E nesse caso, o tamanho é documento. Afinal, só são contados e retirados dos lagos os animais já em tamanho para abate, geralmente com peso entre 25 kg e 45 kg. Mas o pirarucu – também conhecido como bacalhau da Amazônia, quando salgado – sempre surpreende e não raro são encontrados exemplares na casa dos 2 metros de comprimento e mais de 65 kg – como aconteceu em novembro. Relatos científicos falam de peixes com até 3 metros e 200 kg.
Atualmente as técnicas de abate estão sendo modernizadas e o choque térmico, com a imersão do peixe em tanques com gelo, é utilizado. Dos pirarucus capturados, aproveita-se não apenas a carne. As escamas viram lixa de unha e ganham formas diversas por artesãos. O couro vem sendo submetido a experiências para uso futuro na confecção de calçados e bolsas.
“Hoje, tiramos de 5% a 10% dos peixes adultos que encontramos quando ocorre a despesca. Para o futuro, tendo um plantel maior, vamos ampliando a retirada”, ressalta Luiz Rebelo.

Pirarucus selecionados para o abate recebem choque térmico após pescados

Em novembro, foram pescados alguns exemplares com mais de dois metros
Texto e fotos: Fabiana Sobral/O Dia