O secretário municipal de Meio Ambiente, Agricultura e Abastecimento, Samuel Maia, fiscalizou nesta sexta-feira, 13 de novembro, ao lado de técnicos de sua pasta e da Secretaria de Saúde, uma área de cerca de três mil metros na Vila Alzira, no São Bento, onde funcionava um lixão clandestino. Policiais do 15º BPM auxiliaram na operação. No local, foram encontrados grandes quantidades de cosméticos e embalagens de pescado para conservação em geladeira, além de restos de material de construção e um local de criação e abatedouro de suínos.
Samuel Maia (no centro da foto) recebeu apoio de agentes da Polícia Militar
O responsável pelo local, Vanderlei de Jesus da Silva, informou que o lixo era depositado ali à noite por caminhões de várias empresas e ele procurava separá-lo durante o dia para vender material para ferro-velho. Vanderlei, porém, não apresentou documentação que comprovasse a posse do local nem autorização para o serviço que desenvolvia. Ele recebeu notificações das duas secretarias envolvidas na ação e foi proibido de continuar com a atividade. A área foi interditada, e a Secretaria de Serviços Públicos enviou tratores para retirar o lixo acumulado e acabar com o aterro.
Segundo Samuel Maia, ali estava ocorrendo um crime ambiental gravíssimo. “Essa área está na beira de um canal que corta diversos bairros, cruza por baixo da Rodovia Washington Luiz para desaguar na Baía de Guanabara. Além de não terem autorização para desenvolver esse tipo de atividade, o lixo que estão depositando aqui está estreitando o canal, esta é uma área de recuo de maré, propícia a acumular água em época de chuvas. Com esse aterro, a água passa a ir para as ruas e casas próximas, criando a situação de emergência que a cidade vive hoje”, disse o secretário, que informou também que irá repassar à Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente e ao Instituto Estadual de Ambiente (Inea) sobre o aterro.
O dono do terreno também recebeu uma notificação da Secretaria de Saúde pela criação de porcos sem autorização. A médica veterinária Jane de Azevedo Bomsanto, do Controle de Zoonoses, notificou Vanderlei. “Não há autorização ou fiscalização nessa criação. Um lixão não pode ser um local para criação e abatedouro de carne voltada para o consumo humano. Doenças como tuberculose, brucelose e cisticercose podem ser transmitidas para quem consumir carne dessa criação”, explicou.
Fiscalização sanitária municipal também notificou proprietário do aterro
Vanderlei não informou que empresas estão usando a área como lixão, mas duas delas foram identificadas no material descartado ali. Foram encontradas embalagens da Niely Cosméticos e com restos de peixes da Importadora Frigorífico Jahu. “O material para confecção de cosméticos é tóxico, e a empresa responsável precisa ter um local preparado para receber este descarte. Restos de alimentos podem atrair ratos e disseminar doenças se não for depositado em local adequado. Essas empresas serão notificadas para vir a nossa Secretaria para esclarecer esse caso”, disparou Samuel Maia.
Porcos eram criados dentro do lixão
Tratores da Secretaria Municipal de Serviços Públicos começam a retirar lixo do aterro
Texto: Vinícius Marins/Assessoria de Comunicação PMDC
Fotos: George Fant/Assessoria de Comunicação PMDC
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