segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

PRIMEIRA MUNICIPAL NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - REBIO-EQUITATIVA COMPLETARÁ 10 ANOS EM 2019


Reserva Biológica do Parque Equitativa guarda uma das poucas áreas de Mata Atlântica

A garça não é nativa da Mata Atlântica, mas tem espaço reservado no ecossistema local Foto: Nina Lima / Extra
Criada em 15 de dezembro, em plena abertura da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que abrangeu 192 países, que se reuniram em Copenhague, na Dinamarca, para a 15ª Conferência das Partes sobre o Clima, a COP-15. O objetivo foi traçar um acordo global para definir o que será feito para reduzir as emissões de gases de efeito estufa após 2012, quando terminaria o primeiro período de compromisso do Protocolo de Quioto.pelo Decreto Municipal nº 5.738.

Foi neste espírito positivo e edificante que o Professor e Ambientalista, na época Secretário de Meio Ambiente Samuel Maia criou a Reserva Biológica do parque Equitativa, a primeira no gênero do Estado do Rio de Janeiro. a área possui uma área de aproximadamente 1,5 milhão de metros quadrados com uma rica biodiversidade, constituindo um valioso patrimônio natural. A administração da reserva fica a cargo da secretaria municipal de Meio Ambiente, Agricultura e Abastecimento e dever contar, também, com um conselho gestor formado por representantes do governo municipal e da sociedade civilcomo ganhar dinheiro com blog.


Uma área de 1,5 milhão de metros quadrados — rica em flora e fauna — compõe o território de Duque de Caxias. É a Reserva Biológica Municipal do Parque Equitativa, em Santa Cruz da Serra, que abriga um dos poucos espaços de Mata Atlântica da Baixada.


— Aqui, encontramos a vegetação nativa dessa mata, ainda na fase primária, ou seja, que não foi desmatada. É uma área que requer muito cuidado e atenção — explica a bióloga Silvana Miranda.
De acordo com ela, no que diz respeito à vegetação, podem ser encontrados jacarandás, cedros, angicos, ipês e embaúbas, entre muitas outras espécies típicas desta vegetação.
Já no caso dos animais, é possível encontrar sagui, tucano, tamanduá-bandeira, tatu, sabiá, entre outros. Além disso, há muitas nascentes no território.

A garça busca alimento no lago
A garça busca alimento no lago Foto: Nina Lima / Extra

— A importância da reserva não está restrita apenas à beleza natural, é preciso criar a consciência de preservação. Esse espaço é um filtro para a poluição do ar, comporta muitas espécies animais e vegetais, é bastante rico — destaca Silvana.
Apesar de enumerar algumas das espécies, a bióloga conta que ainda não foi realizado um mapeamento preciso da área.
— Já visualizaram, por exemplo, uma onça, mas isso não foi registrado por especialistas — diz.
A reserva tem um comitê gestor, formado pelo poder público, entidades representativas e moradores.

Mico-estrela: atípico da mata, foi introduzido no local e pode desequilibrar o ecossistema
Mico-estrela: atípico da mata, foi introduzido no local e pode desequilibrar o ecossistema Foto: Nina Lima / Extra

A Reserva Biológica do Parque Equitativa sofre com a introdução de espécies que não são nativas da Mata Atlântica, como é o caso do mico-estrela.
— Este animal é típico da Região Nordeste, mas foi introduzido aqui. Por não possuir predador natural no local, pode causar desequilíbrio no ecossistema — explica Silvana Miranda.
Outro problema enfrentado é a ocupação indevida pela população.
— Atualmente, o espaço é usado por grupos religiosos para orações. No entanto, precisamos cuidar desta área, que deve ser usada apenas para pesquisa, já que trata-se de uma reserva — diz, fazendo algumas ressalvas:
— É livre a manifestação religiosa. No entanto, deveria ser visto um novo espaço para a prática. Tanto a flora, quanto a fauna do local devem ser sempre respeitadas e preservadas.
Por conta da riqueza natural, Silvana Miranda diz que algumas pessoas vão à reserva praticar a caça.