Rio -  Eles passam praticamente despercebidos, escondidos atrás
de rústicas coberturas às margens de algumas estradas. Mas os
ferreiros de Duque de Caxias — mais conhecidos como ferradores
 de cavalos — mantêm uma tradição centenária, forjando e colocando
ferraduras. Seja em cavalos que fazem frete, levam material de construção,
 passeiam com criança ou fazem cavalgada de lazer.
José Wellington dos Santos, 64 anos, o Zé Ferreiro, do Lote 15, e
 Adilson Gonçalves, 36, o Dilsinho do Amapá, são dois exemplos dos
 que fazem arte usando ferramentas simples. De um lado, bigorna no
cepo de madeira, marreta, martelo, ponteira e talhadeira; do outro, uma
 base de barro, com carvão atiçado por um fole. Eles conseguem em poucos
 minutos transformar linguetas de ferro em ferraduras sob medida. Cada jogo,
custa, em média, R$ 30.
Dilsinho trabalha no bairro Amapá e atende, em média, 10 clientes por dia | Foto: Divulgação
Dilsinho trabalha no bairro Amapá e atende, em média, 10 clientes por dia | Foto: Divulgação
Zé Ferreiro, que aprendeu a profissão no Exército, se vangloria de ter
 ferrado cavalos de famosos. Entre eles, os usados por personagens
das novelas ‘Roque Santeiro’ e ‘Dona Beja’. “Trabalhei também no Jockei.
 Mas foi aqui que ganhei meu sustento”, conta ele, que, apesar da redução
do trabalho, ferra em média cinco animais por dia.
Para o carroceiro Helio Cordeiro, 54, é preciso ter confiança. “Faço o trabalho
 com ele há 30 anos. Sei que não vai ferir meu cavalo”, diz. O garçom Rosemberg
 Álvaro, 31, também só confia os cascos da égua Diana às mãos do Zé. “É o
melhor”, diz. 
Dilsinho afirma que a demanda é de 10 cavalos por dia. “Nessa região, ainda
tem muita gente que faz frete e leva material em carroça. O jogo de ferradura
 dura menos de um mês e estão sempre voltando”, conta. Um dos fregueses
cativos dele é o cavalo Juquinha, que puxa carroça com crianças em um clube
rural ali perto. 
Veterinária estima mais de 15 mil equinos
A Prefeitura de Duque de Caxias não tem levantamento do número de equinos
 que há na cidade. Mas a veterinária Renata Briata, da Secretaria de Agricultura
 e Meio Ambiente, afirma que é possível estimar que, na zona rural de Duque de
 Caxias, o número de cavalos é maior que o de bois e vacas. “E, segundo
 levantamento da secretaria, existem cerca de 15 mil cabeças de gado bovinos
 em Duque de Caxias”, diz Renata. 
O número de cavalos próximo à zona urbana assusta moradores e motoristas
. “É comum ver com frequência cavalos e burros soltos, próximo a estradas e
rodovias”, afirma o estudante Roberto Siqueira, 22 anos. 
Ele cobra mais controle sobre os donos de animais para evitar acidentes.
 “Um carro, quando atropela um cavalo, sofre o mesmo impacto de bater num muro”. 
Secretário Vê enormes avanços na Política Rural em Duque de Caxias
Uma região que foi encontrada abandonada a quatro anos atrás e que hoje
 é uma referência nas políticas públicas rurais no Estado do Rio de janeiro,
 assim é hoje Duque de Caxias.
Ao assumir a responsabilidade da área, o atual Secretário Municipal de Meio
Ambiente, Agricultura e Abastecimento de Duque de Caxias, Samuel Maia deu
um salto em qualidade nas ações da pasta.
Escolas Rurais foram ampliadas, estradas vicinais receberam melhorias, Feira
específica para os agricultores locais criadas, equipamentos adquiridos, compra
da merenda escolar feita diretamente do agricultor e a cidade de Duque de Caxias
 se tornou a única no Estado do Rio de Janeiro a vacinar cem por cento do seu
gado bovino.
"Trabalhamos muito e conseguimos concluir as nossas metas, hoje a população
 rural sabe que há politicas públicas estruturantes para Ela e compromisso com sua qualidade de Vida. Afirmou Maia.