terça-feira, 28 de agosto de 2012

Inea e Comlurb rebatem críticas do MP sobre aterro de Jardim Gramacho


MPF quer prevenir possível desastre ambiental no aterro de Gramacho.

Vladimir Platonow – Repórter da Agência Brasil – O risco de um possível vazamento de chorume do aterro de lixo de Gramacho e a necessidade de mais pontos de controle do material motivou o Ministério Público Federal (MPF) a mover ação civil pública pedindo providências imediatas dos órgãos públicos e da empresa envolvidos na criação do Polo de Reciclagem de Gramacho.
A medida, em caráter liminar, pede que a Companhia de Limpeza Urbana (Comlurb), o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e a concessionária Novo Gramacho Energia Ambiental S/A implementem monitoramento ambiental permanente e mais rígido no aterro, que foi recentemente desativado, mas continua a produzir chorume (subproduto líquido da decomposição do lixo), podendo atingir as águas da Baía de Guanabara.
O procurador da República Renato Machado, autor da ação, sustentou que são necessários mais pontos de controle do chorume, incluindo o que se infiltra no subsolo, podendo atingir águas subterrâneas.
“Nós fizemos diligências junto com o Crea [Conselho Regional de Engenharia e Agronomia], que apontou eventuais falhas que poderiam estar ocorrendo no monitoramento ambiental no aterro de Gramacho, especificamente sobre eventuais vazamentos de chorume”, disse Machado.
Segundo Machado, só estaria havendo monitoramento nas águas da baía após a faixa de manguezal, o que poderia resultar em dados incompletos, pois a poluição já estaria diluída. Ele defende que haja mais pontos de coleta, inclusivepara aferição no subsolo.
“É preciso verificar a eficácia da estação de tratamento de esgotos de chorume. Depois que ele passa pela estação, é jogado em um rio que passa ao lado. Eles não apresentaram nenhum dado referente à qualidade da água que entra na estação de tratamento e a que sai.”
Estranhamento – A presidenta do Inea, Marilene Ramos, disse estranhar a ação movida pelo MPF. “Nós estranhamos muito essa atitude do Ministério Público, porque ele foi um grande parceiro do Inea na luta que travamos durante anos para conseguir fechar o aterro de Gramacho. Estamos neste momento trabalhando na licença de recuperação da área, que já contempla tudo isso que o MPF, em sua ação civil pública, está pedindo. Se tivesse havido uma conversa conosco, certamente não haveria necessidade dessa ação.”
Marilene disse que haverá complementação de monitoramento, assim como melhorias no sistema de tratamento de chorume e no controle do processo para garantir meios mais eficazes de evitar qualquer extravasamento para a área do entorno do manguezal e da baía.
A Comlurb se manifestou em nota e garantiu estar realizando todos os serviços necessários à execução do programa de monitoramento pós-encerramento do aterro de Gramacho. A companhia especificou que o tratamento do chorume se dá em quatro etapas em lagoa de equalização, sendo a última fase composta de nanofiltração (processo de separação por membranas, movido pela diferença de pressão, em que as membranas apresentam poros com certa de um milésimo de um milímetro). A Comlurb também informou que há monitoramento dos corpos hídricos e geotécnico.
O aterro de Gramacho vai gerar biogás pelos próximos 15 anos e o valor arrecadado já foi adiantado pela prefeitura do Rio aos 1,5 mil catadores que perderam seu sustento com o fechamento do local.
A empresa Novo Gramacho foi procurada e informou que ainda não havia sido citada oficialmente, cabendo apenas à diretoria futuras declarações sobre o assunto.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

CAXIAS SE TORNA REFERÊNCIA EM TECNOLOGIA


Caxias terá maior Centro Biológico da America Latina

O secretário Samuel Maia (Centro) e Pablo Garcia (E) e João Evani, do INMETRO
O município de Duque de Caxias vai ganhar o Centro Biológico mais avançado da América Latina. O Centro Brasileiro de Materiais Biológicos (CBMB) vai ser construído em Xerém, no quarto distrito, em parceria com Instituto Nacional de propriedade Industrial (INPI) e faz parte do acordo feito com o Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (INMETRO). Para que o projeto seja iniciado o mais breve possível a Secretaria de Meio Ambiente Agricultura e Abastecimento entregou na quarta-feira ao INMETRO a Licença Prévia que autoriza o início das obras. O CBMB será inaugurado em 2014. A licença foi entregue ao chefe do Serviço de Obras e Projetos o INMETRO, Pablo Garcia, pelo secretário Samuel Maia.
O CBMB será construído em uma área de 3.167 metros quadrados e na primeira fase serão investidos R$ 11,5 milhões. O centro, pelo projeto, funcionará como reserva de todas as linhagens de microorganismos (bactérias, fungos filamentosos e leveduras) e de células animais, já depositadas em coleções de culturas estratégicas para o desenvolvimento industrial do país.
Para o presidente do Inmetro, João Jornada, “Esta é uma iniciativa muito importante para o país, construir o Centro Biológico mais avançado da América Latina, com aplicação das mais modernas técnicas de armazenamento de cultura para bancos de DNA, vírus, bactérias e células tronco”.
“O centro é fundamental para preservar o conhecimento gerado no Brasil, garantir o retorno das pesquisas e estimular ainda mais a inovação em biotecnologia”, afirma o presidente do INPI, Jorge Ávila. Segundo ele, não há, atualmente, nenhuma instituição em toda América Latina que seja autorizada pelo INPI para esta finalidade de patentes. Isso obriga os depositantes nacionais a manterem o seu material em instituições fora do Brasil e da América Latina. “A proposta do CBMB é solucionar esse problema”, destacou Jorge Ávila.
Para o secretário de Meio Ambiente, Samuel Maia, Duque de Caxias vem crescendo a passos largos. Nos últimos três anos, importantes empresas se instalaram, ampliaram suas áreas e estão em construção no município. O CBMB em Xerém vai elevar mais ainda o nome da cidade. Grandes obras foram licenciadas pela Prefeitura como da rede D’Or que está construindo um grande hospital no bairro 25 de agosto, ampliação das Casas Bahia e da Refinaria Duque de Caxias e para a construção da indústria Brasalpa. Com isso, milhares de empregos foram e serão criados aproveitando grande parte da mão-de-obra local, qualificada para as funções oferecidas pelas empresas.
“Estudo da Fundação Getúlio Vargas aponta Duque de Caxias com crescimento anual de 13%, acima da média nacional”, comemora Samuel Maia.
O CBMB será erguido em Xerém e será o mais avençado da America Latina

domingo, 19 de agosto de 2012

Campanha Eleitoral na TV começa terça 21/08


Considerada por especialistas, marqueteiros e candidatos como um divisor de águas nas campanhas, a propaganda eleitoral gratuita terá seu início nesta terça-feira (21) em todo o País. A campanha na televisão e no rádio dá largada à fase decisiva da disputa municipal e torna os candidatos conhecidos para o grande público, podendo influenciar os indecisos, que representam entre 8% e 15% do eleitorado nas principais capitais.

"A televisão é o principal fator da eleição. Já era no passado e vai continuar sendo. É o único veículo que nos permite atingir os indecisos e os eleitores com menor consolidação das respectivas intenções de voto", afirma Antônio Lavareda, presidente da empresa de consultoria política MCI.De acordo com Lavareda, os reflexos da propaganda de TV podem ser vistos nas curvas das pesquisas de intenção de voto em um curto espaço de tempo. "No dia 30 de agosto, já vai ficar bastante perceptível o rumo das eleições nas capitais em função desses nove dias de propaganda na TV", avalia.

Entre as campanhas, a expectativa é que o impacto seja observado em um período um pouco maior.
 “Nós esperamos que uma mudança aconteça entre 10 e 15 dias, depois disso mudamos o planejamento da campanha conforme acharmos melhor”, explica Ricardo Bérgamo, coordenador de marketing do candidato à prefeitura de São Paulo Celso Russomanno (PRB).

Um exemplo recente da influência da televisão nas eleições municipais se deu na campanha de 2008, em São Paulo. Na pesquisa Ibope divulgada no início de julho, o então candidato Gilberto Kassab (PSD) aparecia com 11% das intenções de voto, enquanto Marta Suplicy (PT) liderava com 35% e Geraldo Alckmin (PSDB) tinha 32%.
A partir do dia 19 de agosto daquele ano, quando foi veiculada a primeira propaganda eleitoral gratuita pelo rádio e pela TV, Kassab cresceu exponencialmente, enquanto o tucano caiu na preferência do eleitorado. Em outubro, Kassab tinha 27% das intenções de voto, contra 35% de Marta Suplicy (PT), e 17% de Alckmin. Kassab ainda chegou à frente da petista no primeiro turno com 33%, contra 32% de Marta, e confirmou sua vitória no segundo turno.
 
"Toda campanha começa com um número de indecisos bastante grande e, a partir do rádio e da televisão, esse eleitor pode fazer sua decisão. É aí que é importante o papel do rádio e da TV: fornecer informações para a hora do voto", afirma Carlos Manhanelli, dono da primeira empresa especializada em marketing eleitoral do Brasil.
"Toda campanha começa com um número de indecisos bastante grande e, a partir do rádio e da televisão, esse eleitor pode fazer sua decisão. É aí que é importante o papel do rádio e da TV: fornecer informações para a hora do voto", afirma Carlos Manhanelli, dono da primeira empresa especializada em marketing eleitoral do Brasil.

Manhanelli afirma que um programa eleitoral para alcançar êxito deve ter, sobretudo, alta qualidade técnica. "A TV é altamente sintética. Não adianta ter muito tempo de TV e um programa de baixa qualidade. A TV vende um carro, um apartamento, em 30 segundos", afirma.
Alta qualidade técnica, segundo Lavareda, se reflete em um bom roteiro, finalizado com boas imagens e uma edição competente. "No geral, tem que ter o conteúdo cognitivo e emocional adequados com os objetivos da campanha".Para alcançar essas metas, as campanhas separam uma grande parte do orçamento para o rádio e a televisão. De acordo com Aildo Ferreira, presidente municipal do PRB e tesoureiro da campanha de Russomano, a expectativa é de que a campanha gaste cerca de R$ 500 mil na produção do material para rádio e televisão. O candidato dispõe de 2m12s e 197 inserções para divulgar suas propostas.
Também informaram a previsão de gastos para a campanha na televisão e rádio o PPS de São Paulo, que espera gasta R$ 250 mil na campanha de Soninha e o PSB de Belo Horizonte, que investirá R$ 281 mil na campanha de Márcio Lacerda.
Não existe, para Lavareda, uma regra genérica que garanta que uma campanha televisiva ou de rádio seja bem-sucedida. Um candidato, por exemplo, que é líder nas pesquisas, deve adotar uma postura diferente de um candidato que pretende ultrapassar este líder, que terá uma postura mais agressiva. "Uma campanha deve ser feita baseada nas interferências sociais, econômicas e eleitorais do momento. Não existe receita de bolo. Uma boa campanha é como um bom terno: feito sob medida", explica Manhanelli.

sábado, 11 de agosto de 2012

Caxias discute lei sobre orçamento participativo


Controle Social

A primeira reunião da comissão ocorreu na sede da prefeitura
Autoridades municipais de Duque de Caxias e membros da sociedade civil formaram uma comissão que discutiu nesta quinta-feira, 09 de agosto, na prefeitura, a proposta da lei sobre Orçamento Participativo, que dará ao cidadão o direito de determinar, em assembleias populares e distritais, as prioridades do município. As demandas serão encaminhadas a Secretaria Municipal de Planejamento e Gestão que ficará responsável pelas ações que serão incluídas na lei orçamentária anual.
Pelo projeto de lei que será encaminhado à Câmara Municipal para votação ainda neste mês, a sociedade terá participação ativa na definição do orçamento municipal e poderá discutir com as autoridades a melhor forma de aplicação dos recursos e fiscalizar a execução deles. Pela lei serão promovidas assembleias populares para definir as prioridades do município e para eleger os delegados que representarão os bairros nas assembleias distritais - a proporção será de um delegado para cada dez mil habitantes.
As assembleias distritais serão organizadas pelos poderes Executivo e Legislativo do município e determinarão as prioridades de cada região, além de eleger os membros que participarão do Conselho Municipal de Orçamento Participativo que acompanharão a execução das ações prioritárias.
O secretário de Meio Ambiente, Agricultura e Abastecimento, Samuel Maia, que também coordena a comissão, afirmou que o próximo passo será a aprovação da lei pela Câmara para depois regulamentar as ações e participação da população. Durante a discussão do documento foram apresentadas propostas para inclusão dos jovens no processo.
Além de Samuel Maia, participaram desta primeira reunião, Aldair Alves, da Secretaria do Meio Ambiente; Gilberto Araújo dos Santos, da Associação das Indústrias do Capivari (AIC); Teneuza Maria Cavalcanti Ferreira, da Associação Duquecaxiense dos Arquitetos e Engenheiros (ADAE); Sebastião Bernardino de Andrade, membro da Mitra Diocesana de Duque de Caxias; Rolando Martins Costa, do Movimento Nossa Duque de Caxias; e Marcelo Aranda, da ONG Care Brasil. O advogado Darci Paulo Morro, assessor da Secretaria do Meio Ambiente, participou como convidado.


Texto: Paulo Gomes
Fotos: George Fant

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

LIXO VOCÊ É RESPONSÁVEL

Baixada Fluminense cobra ação do Estado na questão do lixo


Secretários de Meio Ambiente de cidades da Baixada Fluminense se reuniram, nesta segunda-feira, 6 de agosto, e chegaram a conclusão que somente com a participação do Estado haverá uma solução para o problema do lixo, que se agravou depois do fechamento do aterro sanitário do Jardim Gramacho de dezembro para junho. O encontro foi realizado na Prefeitura de Duque de Caxias, cidade que teve mais prejuízos como fim do aterro, situação agravada por uma decisão judicial, que determinou o fechamento de duas áreas de transbordo. Participaram da reunião os secretários Renato Rabello, de Nilópolis, Zilto Bernardi, de São João de Meriti, e Samuel Maia, de Duque de Caxias.
Nas cidades de Nilópolis e São João de Meriti os prejuízos são decorrentes da recusa da Prefeitura de NovaI guaçu de impedir os dois municípios de descartarem o lixo no Centro de Tratamento de Resíduos (CTR) do bairro Adrianópolis. Com a proibição, o custo da coleta e descarte subiu pelo menos 100%, alerta Bernardi, que realizou um mutirão em São João de Meriti para amenizar o problema. “Temos uma área de transbordo que nos atende muito bem, mas levar o lixo para Seropédica acaba inviabilizando o trabalho, tanto pelo custo quanto pela distância”, observou.
A situação de Nilópolis também não é confortável, já que a cidade não possui um espaço físico para abrigar uma área de transbordo. Rabello destaca que é impossível uma cidade resolver sozinha o problema do lixo, situação criada com o fechamento do aterro do Jardim Gramacho. Ele lamentou a falta de empenho do Governo do Estado em colaborar na solução do problema. “Existeuma crise na política estadual de gestão de resíduos, que é inexistente e trouxe graves prejuízos à região da Baixada Fluminense”, destacou o secretário de Nilópolis.
O secretário Samuel Maia disse que o problema do lixo atinge a todos e tende a se agravar com as decisões judiciais que impedem a operação nas áreas de transbordo. “Sem uma área detransbordo, não há coleta viável. Um caminhão de lixo leva até 5 horas para ir e voltar de Seropédica, período em que deixará de coletar os resíduos”,explicou, acrescentando que as decisões não podem ser limitadas por umacanetada. Ao final, os secretários chegaram à conclusão de que o Governo do Estado tem responsabilidade na situação e que vão cobrar uma participação dele para a solução do problema.
Samuel lembrou que junto com outros cinco municípios - Belford Roxo, Mesquita, São João, Nilópolis e Nova Iguaçu -, Duque de Caxias elaborou o Plano de Gestão de Resíduos Sólidos, que será implementado em consórcio, e permitirá solucionar o grave problema que é o descarte dos resíduosde obras. Segundo ele, o trabalho pode ser estendido também ao lixo, mas tem de haver interesse do Estado, independente dos interesses políticos ocultos. “O que não podemos e continuar enterrando materiais que representam riquezas. Poderíamos estar transformando lixo em energia, setor que é controlado por um único grupo. Precisamos parar de enterrar ouro”, concluiu Samuel Maia.


Texto: Nelson Soares
Fotos: George Fant

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Secretários da Baixada anunciam calamidade devido ao lixo


Os secretários Zilto Bernardi, Renato Rabello e Samuel Maia
A Baixada Fluminense está em contagem regressiva. Depois de Duque de Caxias, que teve sua área de transbordo fechada por uma decisão da justiça, os municípios de Nilópolis, São João de Meriti e Queimados ficaram sem destinação para o lixo domiciliar coletado. Da noite para o dia, na quarta-feira, 2 de agosto, a Central de Tratamento de Resíduos (CTR) de Adrianópolis, em Nova Iguaçu, deixou de receber resíduos de outros municípios, além de Mesquita.
“Temos um contrato vigente com a CTR, que é referência em todo o mundo, e na quarta-feira, com os caminhões na porta da Central, descobrimos que não podemos levar mais o lixo para lá. Não recebemos nenhuma notificação avisando isto”, disse o secretário Municipal de Meio Ambiente de Nilópolis, Renato Rabello. “O lixo começou a acumular na cidade. Nossa área de transbordo ficou parecendo um lixão”, disse Zilto Bernardi, secretário de Meio Ambiente de São João de Meriti.
De forma provisória, a CTR de Seropédica, de responsabilidade da Prefeitura do Rio de Janeiro, está aceitando receber o lixo destas cidades enquanto a situação com a CTR de Adrianópolis não retorna à normalidade. A Secretaria Estadual do Ambiente informou que pretende recorrer na justiça para que tudo volte ao que era antes.
Segundo os secretários, seria necessário muito pouco para que as cidades atinjam uma situação de calamidade pública. “Logo, outras cidades da região estarão em uma situação semelhante a nossa. Fecharam o aterro de Jardim Gramacho sem que fosse pensada uma solução para o destino do lixo das cidades da Baixada. Boa parte delas também depositava seu lixo domiciliar e entulho lá”, disse Samuel Maia, secretário de Meio Ambiente de Duque de Caxias. “Em média, temos um quilo de lixo gerado diariamente por habitante. Sem termos um destino definido, não podemos recolher o lixo. Sem recolher, em menos de um mês teremos as ruas das cidades totalmente tomadas por lixo, sem que os veículos possam circular, sem que as pessoas tenham condições de andar nas calçadas. Isto sem falar na saúda da população, que certamente será afetada”, ressaltou Renato Rabello.
Samuel falou sobre o caso de Duque de Caxias, após o fechamento do transbordo. “A Prefeitura do Rio de Janeiro antecipou em seis meses o fechamento do aterro de Jardim Gramacho e uma liminar fechou a estação de tratamento de resíduos da Figueira. Toda grande cidade possui áreas de transbordo como esta. Chamaram de lixão uma área onde os resíduos ficam apenas tempo suficiente para serem transferidos para veículos maiores, que os transportam até Seropédica. O lixo não fica parado. Ele não fica lá tempo suficiente para gerar chorume ou gases. Não tem como os caminhões compactadores que recolhem o lixo ir direto para Seropédica, a logística não permite. Somando ida e volta são cinco horas de viagem”.
Os secretários estão em contato com autoridades do Estado em busca de auxílio para solucionar este problema. “Estamos abertos para empresários que tragam soluções para o destino final dos resíduos na Baixada”, disse Renato Rabello.


Texto: Vinicius Marins
Fotos: George Fant

sábado, 4 de agosto de 2012

LIXO VIRA PROBLEMA DA BAIXADA


RIO - O secretário municipal de Meio Ambiente de Duque de Caxias, Samuel Maia, afirmou na manhã desta sexta-feira que, se ainda hoje não houver uma mudança na decisão judicial que determinou o fechamento do depósito provisório de lixo da cidade, o município decretará estado de calamidade pública, devido ao acúmulo de detritos nas ruas. Segundo ele, a coleta na cidade já está irregular em vários bairros, e a situação tende a piorar.
— Hoje é o dia limite. Se não houver uma nova determinação, vamos decretar calamidade. Com o fechamento das estações de transbordo, Duque de Caxias está impedida de fazer a coleta domiciliar — afirmou o secretário.
Nesta quinta-feira, a Justiça decidiu fechar o terreno da Meskatec Transportes Logística Ltda, no bairro Figueira, que devido ao fechamento do aterro controlado de Gramacho, em junho, era usado como depósito provisório do lixo do município. Dessa central de transferência, o lixo era levado em carretas para o aterro sanitário de Seropédica. Mas o uso do espaço provocou protestos dos moradores, que viram suas ruas tomadas por caminhões, muita poeira e lixo.



Carretas estão paradas em toda a Baixada Fluminense

— A Procuradoria Geral do Município está trabalhando para tentar reverter essa situação e reabrir a estação de transferência — acrescentou Maia.

O problema atinge também os municípios de São João de Meriti, Nilópolis e Queimados que, juntamente com Caxias, geram 1.650 toneladas de lixo domiciliar diariamente. 

Os prefeitos estão temendo os efeitos de impasses na destinação final de resíduos. Em meio ao imbróglio, a Secretaria estadual do Ambiente (SEA) informou na quinta-feira que vai recorrer da decisão, que impede a abertura do centro de resíduos às três cidades vizinhas.