terça-feira, 24 de novembro de 2009

Aqüicultura no Rio de Janeiro


Piscicultura


Mundialmente, a piscicultura vem assumindo importância cada vez maior na produção de alimentos, com taxa de crescimento em torno de 10% ao ano. Infelizmente, a prática da criação de peixe, embora muito antiga, encontra-se na fase inicial em nosso Estado. Esse panorama poderá ser modificado, pois a carne de peixe, mesmo sendo um alimento de excepcional valor nutritivo, conforme as estatísticas demonstram (o consumo per capita no Brasil é de 6,4kg/ano, baixo em relação a média da Região Metropolitana do Rio de Janeiro que é de 16,4Kg/ano; fonte Fiperj/Infopesca) é muito baixo, se compararmos, com o Japão que está em torno de 71,9kg/ano.


A situação do setor agropecuário no Brasil e no Estado do Rio de Janeiro exige soluções criativas, principalmente as que visam a melhoria do produtor rural e sua família. Nessa tarefa, os governos federal, estadual e municipal têm um importante papel a desempenhar, ou seja, promover o desenvolvimento autossustentável e equilibrado do ambiente e seus recursos hídricos.

É importante destacar que a pesca marinha não é uma fonte inesgotável de recursos, ao contrário da demanda por esses produtos. Devido ao crescimento da população e a mudanças nos hábitos alimentares, o preço do pescado, vem aumentando continuamente, afastando uma parcela significativa de consumidores, dessa excelente fonte de proteína animal. Essa tendência só será revertida com fornecimento regular de produtos de qualidade, provenientes da aqüicultura.

Sistemas de produção
  • extensivo: baseia-se no aproveitamento de lagos e açudes já construídos. O potencial para produção é de 500kg/ha;
  • semi-intensivo: trabalha em viveiros construídos. Deve ter controle de entrada e saída de água. A adubação pode ser orgânica e inorgânica, com utilização de subprodutos e ração na alimentação. A produção estimada é de 600kg/ha;
  • intensivo: os viveiros também são construídos com o mesmo controle de entrada e saída de água. A utilização de ração é balanceada, e a produção estimada é de 15 mil kg/ha;
  • hiperintensivo: o método aplicado pode ser race-way, tanques e gaiolas. Deve ter alta vazão de água. A ração utilizada é específica, e a produção alcançada chega a 200 kg/m3.
Cuidados básicos

A água deve ser de qualidade e quantidade com vazão acima de 10 litros por segundo. Alguns parâmetros físico-químicos que devem atender a necessidade das espécies:
  • temperatura adequada à espécie cultivada;
  • pH neutro, com variação de 6 a 8;
  • oxigênio dissolvido de 5 a 8 mg por litro;
  • alcalinidade e dureza - 25 mg por litro.
Espécies mais cultivadas no Rio de Janeiro
  • tilápia do Nilo e seus híbridos;
  • tambaqui;
  • pacu;
  • híbridos (tambacu e paqui);
  • piauçu;
  • matrinchã;
  • piraputanga;
  • carpas (comum , capim, prateada e cabeça grande);
  • pirapitinga.

Fonte: Fundação Instituto de Pesca do Estado do Rio de Janeiro (Fiperj)
www.fiperj.rj.gov.br

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