domingo, 23 de novembro de 2014

85% dos brasileiros acham que professores são pouco valorizados, diz pesquisa

Para entrevistados, valorização do professor e segurança são os fatores mais importantes para a qualidade de ensino

Agência BRASIL
Maioria dos brasileiros acha que escola pública está longe de ter educação de qualidade
O professor brasileiro é menos valorizado pelo governo do que deveria para 85% dos brasileiros. Para 76%, a profissão também é menos valorizada do que deveria pela população. Os dados são da pesquisa "A Educação e os Profissionais da Educação", feita pelo DATA Popular e divulgada neste sábado (22). 
O levantamento, feito a PEDIDO da Confederação Nacional dos Trabalhadores de Educação (CNTE), entrevistou 3.000 pessoas de todo o País. 
As escolas públicas do país estão longe de ter uma educação de qualidade, segundo a opinião de 59% dos entrevistados. Apenas 6% consideraram a educação da rede pública boa. Outros 33% acham que as escolas estão perto de oferecer uma boa educação. 
Falta de segurança é GRANDE problema da escola
Perguntados qual era o PRINCIPAL problema da educação pública no País, 28% citou a falta de segurança. A presença de alunos desrespeitosos apareceu em 15% das entrevistas. Para 9% da população, professores motivados e baixos salários dos docentes são o grande problema educacional.
Na pesquisa, a segurança e a valorização profissional apareceram como os fatores MAIS importantes para que uma escola tenha o ensino de qualidade.

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Nos EUA multa por excesso de lixo orgânico

Leio no Planeta Sustentável a notícia de que em Seatle, nos EUA, foi aprovada uma lei que permitirá à prefeitura multar quem encher mais de 10% das suas lixeiras com lixo orgânico.  Como fiscalizarão, não sei. Deverá ser uma tarefa árdua, mas, provavelmente, o sistema de coleta por lá deve ser suficientemente organizado para permitir o CONTROLE que, segundo diz a matéria,será acompanhado por sistema informatizado.
Bem, independentemente dessa parte operacional, o interessante é o espírito da lei, que visa o estímulo ao consumo consciente, a redução do desperdício de alimentos e à prática do aproveitamento dos resíduos por meio da compostagem. A fiscalização começa em janeiro de 2015, quando os infratores passam a ser notificados. As multas serão aplicadas a PARTIR de julho.
O valor será de U$1,00 para cada flagrante de excesso de lixo residencial. Já para prédios e o comércio fica em U$50,00. A multa será cobrada junto com a conta de lixo do mês seguinte ao do flagrante.

Por aqui produzimos milhares de toneladas de lixo orgânico diariamente.  Uma caminhada pelas ruas centrais das principais cidades do país no fim da tarde não deixa dúvidas. Os sacos pretos nas portas dos restaurantes não têm 10% de lixo, mas 100%. As CENAS de pessoas abrindo esses sacos para dali retirarem alimentos são comuns.
Aqui no Rio, até o ano passado, nem mesmo a comida excedente feita pelos restaurantes podiam ser aproveitadas e, muitas vezes tinham o lixo como destino. Os estabelecimentos não podiam DOAR essa comida excedente, sob o risco de infligirem a lei. Com uma nova lei aprovada já é possível doar a comida excedente que não tenha ido à mesa.  É um avanço, mas ainda falta muito, afinal a outra parte continua a ser jogada nas ruas.
O sistema de comida a quilo permite uma redução considerável do lixo gerado pelo alimento servido e não consumido. Mas grande parte das pessoas enche os pratos além do que conseguem comer e acaba jogando FORA o excedente.
Nos restaurantes a la carte seria muito mais interessante uma alteração nos padrões de atendimento, para que clientes e restaurantes conseguissem um meio termo que reduzisse o desperdício. É comum o retorno das MESAS para as cozinhas, como lixo, de bandejas cheias de arroz, farofa, feijão e outros acompanhamentos. Seria muito melhor, como conheci em Juiz de Fora, um sistema onde a porção servida parece menor, mas que permite a reposição de acordo com a necessidade. Como me disse a dona do restaurante, na media, todo mundo sai ganhando

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

O Brasil na contramão

Nos últimos seis anos, em plena crise econômica internacional, o Brasil passou a integrar o grupo dos grandes poluidores mundiais, cuja fonte principal de gases-estufa é a queima de combustíveis fósseis. Esse país está assumindo um perfil de contaminação climática próprio do primeiro mundo, segundo o cientista José Marengo, um dos autores do Quinto Informe de Avaliação do Grupo Intergovernamental de Especialistas sobre a Mudança Climática (IPCC), cujo primeiro volume sem editar foi divulgado no dia 30 de setembro 2013.
E isto se deve, em parte, a uma simples razão de fenômeno industrial e de consumo. As isenções de impostos para estimular a venda de automóveis e motocicletas tiveram um efeito positivo no crescimento econômico. Contudo, ao mesmo tempo, criaram um aumento vertiginoso do parque automotivo. A quantidade de automóveis duplicou em uma década, passando de 24,5 milhões em 2001 para 50,2 milhões em 2012, segundo o informe Evolução da Frota de Automóveis e Motos no Brasil – Relatório 2013, divulgado em (10/10/2013).

As motocicletas tiveram um aumento ainda mais espetacular no mesmo período, passando de 4,5 milhões para 19,9 milhões. O Brasil “terminou 2012 com uma frota total de 76.137.125 veículos automotores. Em 2001, havia aproximadamente 31,8 milhões de unidades. Houve, portanto, aumento de 138,6%”, afirma o documento publicado pelo Observatório das Metrópoles. “Vale recordar que o crescimento populacional do país entre os últimos censos (2000 e 2010) foi de 11,8%”, acrescenta.
“É preocupante, porque sempre criticamos os países desenvolvidos por isso”, observou Marengo, que dirige o Centro de Ciência do Sistema Terrestre do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. Esse aspecto contrasta com a redução do intenso desmatamento no país, amplamente divulgado pelas autoridades brasileiras.
Em 27 de setembro, quando o IPCC divulgou o Resumo para Responsáveis por Políticas, o secretário de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério de Ciência e Tecnologia, Carlos Nobre, dizia à IPS que este país conseguiu reduzir em 38,4% suas emissões de gases-estufa entre 2005 e 2010, devido à redução no desmatamento da Amazônia.
O Brasil se comprometeu em 2009 a reduzir suas emissões de gases-estufa entre 36,1% e 38,9%, segundo dois cenários de crescimento do produto interno bruto. O governo garante que já avançou 62% rumo a essa meta, graças à acentuada redução do desmatamento. Até 2009, o desmatamento era a causa de 60% da contaminação climática do Brasil, enquanto o uso de combustíveis fósseis estava em segundo lugar. Agora emergem novos problemas.
“Se tivéssemos um sistema de TRANSPORTES de massa confiável e confortável, as pessoas deixaram seus carros em casa. Mas, viajar em certas horas do dia no metrô de São Paulo ou do Rio de Janeiro (duas das maiores cidades do país) é uma humilhação”, disse Marengo à IPS. “Isso precisa mudar, e a única forma é fomentar um transporte público decente”.
Para o diretor de políticas públicas do Greenpeace Brasil, Sergio Leitão, essa mudança de perfil também coincide com a prioridade que se dá a novos empreendimentos, como a prospecção e exploração das jazidas de petróleo do pré-sal, a mais de sete mil metros de profundidade na plataforma submarina. “Estamos começando a exploração do pré-sal e nossas grandes cidades estão abarrotadas de carros”, pontuou Leitão. Enquanto o mundo caminha para novos modelos energéticos, o Brasil segue na contramão, segundo o ativista, tornando impossível que este país seja “amigo do planeta”, afirmou.
O informe do IPCC diz que as mudanças observadas desde 1950 não têm precedentes e demonstram que a ação do homem é uma causa inequívoca do aquecimento global registrado desde meados do século 20. O informe assinala que a humanidade deve fazer todos os esforços para manter o clima do planeta nas coordenadas do cenário mais otimista, com o aquecimento global não superando os dois graus neste século.
Para conseguir isso, segundo Leitão, as “medidas fundamentais, urgentes e inevitáveis” são mudar o modelo de produção e reduzir drasticamente o consumo de petróleo, gás e carvão. “Nos preocupa o fato de no Brasil o pré-sal ser visto como a grande oportunidade econômica do futuro”, afirmou. Na área energética, os grandes volumes de investimentos são destinados a viabilizar a exploração do petróleo no pré-sal, com até US$ 340 milhões até 2020, ressaltou.
Por outro lado, Leitão disse que “seria preciso adotar um rumo diferente, de pesquisas em energias renováveis e limpas. O Brasil se destaca em abundância de sol e vento. É necessário dinamizar essas vertentes e criar substitutos tecnológicos para os combustíveis fósseis”.
Marengo destacou que, se o mundo inteiro deixasse de emitir gases-estufa hoje, seriam necessários 20 anos para frear as transformações climáticas já desatadas. “O IPCC fala de aproximadamente duas décadas, pois foram centenas de anos acumulando dióxido de carbono (CO2). Os processos de fotossíntese nas florestas podem ajudar a absorver CO2, mas isso não é imediato e exige décadas de inércia”, destacou.
As medidas de mitigação – para reduzir a quantidade de gases lançados na atmosfera – são caras e seus efeitos são de longo prazo, mas são as únicas que permitirão minimizar os impactos futuros, acrescentou Marengo, para quem os impactos mais severos começarão a ser sentidos depois de 2040.
Adaptar-se a essas alterações é possível, mas a mensagem que o IPCC pretende dar à próxima cúpula mundial do clima, que se reunirá em novembro em Varsóvia, é que devem tomar medidas para evitar os cenários mais pessimistas, com elevações da temperatura média acima dos dois graus.
Marengo lamentou que a agenda ambiental tenha passado para segundo plano desde que começou a crise econômica e financeira mundial em 2008. “É impossível um país com uma situação econômica ruim aderir a um tratado ambiental, pois este terá um custo social elevado”, enfatizou. Envolverde/IPS
Publicado originalmente no Envolverde - Manuela Alegria 

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Projeto de Mobilidade Apresentado por Samuel Maia poderá sair do papel

Uma fiscalização feita em 2010 na linha férrea da APA São
Bento, pelo Professor e Ambientalista Samuel Maia, na época
Secretário Municipal de Meio Ambiente de Duque de Caxias,
deu-lhe uma ideia que o mesmo trabalhou em conjunto com o
departamento de projetos especiais da Secretaria de Obras e
agora o governo federal poderá ajudar a sair do papel.
O governo federal liberou nesta quarta-feira R$ 1,5 milhão para o
projeto de mobilidade em Caxias. O objetivo é ligar vários pontos
da cidade por meio de BRT, com 41km; de ciclovias, com cerca de
120km; e da linha férrea já existente. O novo corredor de ônibus
fará a ligação entre Santa Cruz da Serra e a Avenida Brasil. O
convênio faz parte do PAC Mobilidade.

O projeto inicial prevê que três estações de trem da cidade (Gramacho,
Corte Oito e Santa Cruz da Serra) virem modais — ou seja, se integrem
 a outros meios de transporte, como ônibus e bicicletas. O bairro de
Gramacho também ganhará um viaduto para desafogar o trânsito.
— Nossa ideia ser aproveitada e com possibilidade de ser implantada
nos dá uma alegria inenarrável. Ira encurtar distancias e melhorará a
qualidade de vida da população disse Samuel Maia.
De acordo com ele, o projeto já esta pronto desde 2011, facilitando a
licitação da obra que deve ser realizada no início do ano que vem. O
Professor e ambientalista prevê que o custo total da intervenção fique
por volta de R$ 180 milhões.
A Prefeitura terá que dar uma contra-partida de 10% afirma Maia.
O contrato de repasse de recursos do Orçamento Geral da União já foi
assinado com Prefeitura de Caxias.

É assim que se constrói uma cidade sustentável, tendo projetos e os
realizando. Maia cita o caso da polêmica da vontade do Prefeito
Alexandre Cardoso de construir no já caótico centro da cidade um
Shopping - "Por vim da ARENA e do PFL partidos da Ditadura, o
Alexandre Cardoso é por natureza um político autoritário, enquanto
a cidade quer um Parque Urbano ao lado da Matriz de Santo Antonio
e Escola Municipal Dr Álvaro Alberto, o Alexandre Cardoso quer um
Shopping que irá piorar muito a vida das pessoas. Isto é visão de mundo
dele. Um conservador na essência. Afirmou Samuel Maia.



sábado, 1 de novembro de 2014

Europa terá ciclovia de 70 mil Km ligando 43 países

Uma megaciclovia com 70 mil quilômetros de extensão será contruída na Europa até 2020. A “EuroVelo” ligará 43 países em um total de 14 rotas de diferentes tamanhos. Ela poderá ser utilizada tanto por turistas em grandes viagens quanto pelas populações locais no deslocamento do dia a dia.
divulgação
Cada uma das rotas recebeu um nome relacionado às paisagens e histórias encontradas durante o trajeto. A rota 14, por exemplo, foi batizada de “Cortina de Ferro”, uma alusão à Guerra Fria. Com 10.400 quilômetros e interligando 20 nações – entre elas Noruega, Rússia, Alemanha, Bulgária e Turquia - ela é a maior rota da megaciclovia.
Enquanto isto no Brasil, no Estado do Rio de Janeiro e em Duque de Caxias, não há interesse neste modelo de mobilidade sustentável.