segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Sustentabilidade pelas paredes

Fabricantes de tintas investem em revestimentos com pegada ecológica, mais eficientes e menos nocivos à vida

Catadores beneficiados por propostas socioambientais:
PET reciclado para produção de resina
despolui cidades e cria postos de trabalho

A proposta de uma vida mais saudável e em respeito a valores de sustentabilidade agora pode ser materializada também nas paredes dos imóveis. Depois de testar e verificar que são viáveis economicamente, fabricantes de tintas vêm lançando produtos com pegada ecológica que agridem menos o meio ambiente e a saúde de pessoas e animais. Entre os materiais já em oferta no mercado, há até tintas com componentes feitos a partir de PET reciclado. Outra transformação é a redução ou total eliminação de derivados do petróleo em alguns compostos, o que freia a poluição e o gasto das empresas com tratamento de efluentes na cadeia produtiva.
A Basf, que detém a marca Suvinil, fincou definitivamente sua bandeira ecológica em 2002, quando lançou vernizes e tintas em que a resina é feita 100% a partir de garrafas PET. Para esse processo, já foram retirados do meio ambiente mais de 400 milhões de embalagens no País — 20 mil toneladas. São recicladas 50 milhões de PETs ao ano. Foram US$ 3 milhões para pesquisa e desenvolvimento. A nova resina também é mais resistente ao gradual amarelamento. O outro ganho, social, foi geração de 2 mil postos de trabalho em cooperativas de catadores.

Resultados capitalizados

“Na verdade, a companhia vem investindo em produtos de menor impacto ambiental desde a década de 80. Mas até há alguns anos atrás, falava-se muito mais em reaproveitamento de latinhas”, observa Mirian Zanchetta, gerente de Propaganda e Promoção para a Suvinil.
Em 2006, a marca colocou no mercado o esmalte à base de água em substituição a solventes orgânicos. “Tem baixo odor, agride menos o meio ambiente e a saúde das pessoas”, diz Mirian. Como as experiências deram resultados, a marca relançou a linha acrílica sem cheiro e com baixo teor de compostos orgânicos voláteis, com menos respingos, o que produz outro resultado ecoeficiente: reduz o uso de química na limpeza.

Texto: Leila Souza Lima/O Dia
Foto: André Luiz Mello/O Dia/03.09.2009

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