segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Mutirão no Parque da Taquara recolhe meia tonelada de lixo

Entre os voluntários estavam trilheiros, ecologistas e moradores da região


União de consciência ecológica, contato com a natureza e atividade saudável, além de encontro com velhos e novos amigos. Assim foi o mutirão ecológico no Parque Natural Municipal da Taquara, onde cerca de 200 voluntários participaram do recolhimento de lixo deixado nas trilhas e rios, e no auxílio na colocação de sinalização para orientar os frequentadores, preparando a unidade de conservação para receber cerca de 5 mil pessoas por fim de semana, previstas para o próximo verão. Na ocasião, uma equipe da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Agricultura e Abastecimento (SMMAAA) derrubou um muro construído ilegalmente dentro da área de preservação, que impedia o livre acesso de visitantes a determinadas áreas do parque.
Segundo o responsável pela pasta, Samuel Maia, o muro tinha sido construído sem que os responsáveis pelo parque fossem notificados e sem uma autorização expedida pela Secretaria Municipal de Obras e Urbanismo, ferindo assim a Lei Federal 9.605/98 (crimes ambientais) e a Lei Municipal 2.022/06. “Os voluntários não estavam conseguindo atingir trechos que são de livre acesso à população por causa desse muro. O responsável pela construção foi notificado duas vezes; como ele não apresentou a documentação, derrubamos o muro”, explicou o secretário. Aproveitando a ocasião, a equipe da SMMAAA também derrubou um velho quiosque que funcionava ilegalmente no interior do parque e já se encontrava abandonado.




O muro ilegal que impedia o trânsito dos visitantes por uma das trilhas foi derrubado




Fábio Rael, pertencente ao grupo de trilheiros SOS Trilhas, conheceu recentemente o Parque Natural Municipal da Taquara. Ficou tão entusiasmado com o que viu que criou uma comunidade para o parque em uma site de relacionamentos e foi um dos organizadores do mutirão ecológico. Em seu depoimento convocando voluntários para a atividade na rede social, Fábio afirma que “o parque é muito legal, está em boas condições e os funcionários são interessados em cuidar do local. Apesar da limpeza que ocorre todas as segundas-feiras (ocasiões em que o acesso ao parque é fechado para a população), a quantidade de lixo ainda era bem grande! O maior problema infelizmente é a falta de consciência dos visitantes, que deixa lixo largado e tomam banho em áreas que não são permitidas”.
Os voluntários começaram a percorrer as trilhas do parque a partir das 10h e recolheram meia tonelada de lixo durante o dia. A advogada Maria Celeste Lustosa, 51 anos, foi uma das voluntárias do mutirão. Membro da União de Caminhantes e Escaladores do Rio de Janeiro (Unicerj), Celeste acredita que as pessoas aproveitariam ainda mais o parque ajudando a cuidar dele. “Este é um espaço maravilhoso que deve ser preservado para que possamos usufruir dele por muitos e muitos anos”, declarou.




Samuel Maia orienta alguns dos voluntários do mutirão ecológico

Texto: Vinicius Marins/Assessoria de Comunicação PMDC
Fotos: George Fant/Assessoria de Comunicação PMDC

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