por Erin Mizuta
Não existe um ranking que compare o nível de poluição das praias do país inteiro e, mesmo juntando os resultados das medições de cada estado litorâneo, é impossível chegar a um quadro nacional porque os estados não usam os mesmos parâmetros de medição. Além disso, as condições das praias mudam bastante de uma semana para outra. Por isso, o que os órgãos estaduais de controle ambiental costumam fazer é avaliar quantas vezes em um certo período as praias ofereceram condições impróprias para o banho. Todos seguem os critérios estabelecidos pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), que considera imprópria a praia que apresentar pelo menos 2 500 coliformes fecais ou 2 mil Escherichia coli (um tipo de bactéria) ou 400 enterococos (outra bactéria) em cada 100 ml de água. O problema é que alguns estados se guiam apenas pelo número de coliformes, outros pela quantidade de E. coli ou mesmo por uma mistura de todos eles. Por isso, aqui ao lado, mostramos quais são as praias mais trash em cada estado, sem compará-las.
O mar não tá pra peixe
Veja quais são as praias que apresentaram os piores resultados em cada estado
Alagoas
Dois trechos estavam impróprios em 100% das avaliações do ano passado: praia de Maragogi (em Maragogi), em frente à foz do rio Persinunga, e praia da Jatiúca (em Maceió), em frente ao Hotel Jatiúca
Amapá
O pior ponto fica na praia de Perpétuo Socorro, na capital Macapá, avaliada como imprópria em 80% das análises
Bahia
O pior trecho no conjunto de medições de 2006 fica em Salvador, na praia Pedra Furada, atrás do Hospital Sagrada Família - impróprio em 68% das avaliações
Ceará e Pará
Ceará e Pará foram os únicos que não forneceram dados das suas praias até o fechamento desta edição
Espírito Santo
O único trecho de praia impróprio em 100% das análises fica na praia de Jacaraípe, em Serra
Maranhão
Em 2006 não houve monitoramento das praias maranhenses
Paraíba
A pior avaliação ficou com a praia do Maceió, em Pitimbu, imprópria em 62% dos boletins de avaliação
Paraná
Sete praias foram avaliadas como impróprias em 100% das medições no verão de 2006. São elas: Ponta da Pita e Rio do Nunes (em Antonina); Nhundiquara e Marumbi (em Morretes); Direita do Trapiche (na praia das Encantadas, em Paranaguá); Rua do Camping (em Matinhos); Direita do Córrego (Prainha, em Guaratuba)
Pernambuco
O trecho mais sujo fica na praia do Farol, em Olinda, na esquina da rua do Farol com a rua Farias Neves Sobrinho. Todas as 47 avaliações no local consideraram-na imprópria
Piauí
Nenhuma praia foi considerada imprópria
Rio de Janeiro
27 trechos de praias do estado foram considerados impróprios em mais de 50% das análises do ano passado. Mas a campeã em quantidade de coliformes fecais é a praia de Botafogo, na zona sul da capital
Rio G. do Norte
A praia mais poluída é o balneário Pium, em Parnamirim, avaliado como imprópria em 43 das 44 avaliações de 2006
Rio G. do Sul
Oito trechos estavam impróprios em mais da metade das avaliações. Seis deles ficam na cidade de Pelotas, um em Cidreira e um em Torres
Santa Catarina
15 trechos de praias foram considerados impróprios em 100% das avaliações de 2006. Nove são em Florianópolis: Matadouro, José Mendes, Jardim Atlântico, Bom Abrigo, Ponta das Canas, Balneário, Beira-mar Norte, Armação do Pântano Sul e lagoa da Conceição (em dois pontos)
São Paulo
A pior avaliação do litoral paulista ficou com a praia de Gonzaguinha, em São Vicente (96% de avaliações impróprias no último levantamento divulgado)
Sergipe
Três trechos de praias foram avaliados como impróprios em todas as análises: praia do Bairro Industrial e 13 de julho, em Aracaju, e praia do Siri, em Nossa Senhora do Socorro
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