Caxias aposta no óleo usado para gerar renda
Rejeito, que não deve ir para o lixo ou esgoto,
envolve 30 comunidades do município
Mulheres participam de projeto de arranjo produtivo a partir da coleta seletiva.
No município, 30 comunidades estão envolvidas em ações ambientais
(Foto: divulgação)
Prejudicial à qualidade da água, diminuindo a oxigenação e a iluminação dos rios, além de poluidor do sistema de esgoto e nocivo para animais e plantas, o óleo de cozinha usado é aposta na geração de trabalho e renda para moradores de 30 comunidades em Duque de Caxias. Implantado em janeiro de 2009, o projeto de reciclagem reúne iniciativa privada e Prefeitura Municipal, por meio de ações da Secretaria de Municipal de Meio Ambiente, Agricultura e Abastecimento (SMMAAA).
“A meta é recolher todo o óleo de cozinha usado. Hoje, 80 escolas municipais, postos de saúde, igrejas, cooperativas de coletores, comércio, o maior shopping center da cidade e o Sindicato das Empresas de Ônibus fazem a coleta de óleo para reciclagem. O modelo adotado vai desde a troca por fraldas geriátricas e produtos de limpeza à capacitação para geração de trabalho e renda, envolvendo milhares de pessoas”, explicou o prefeito José Camilo Zito. Segundo ele, por decreto, a coleta seletiva está chegando à administração pública.
“Essa proposta, de grande importância para os catadores, pode ser iniciada ainda em casa”, destacou Samuel Maia, secretário de Meio Ambiente de Caxias, referindo-se à separação doméstica do óleo de cozinha usado. O material pode ser acondicionado em garrafas PET.
Padrão internacionalPara combater obras irregulares e o surgimento de lixões, a Prefeitura de Duque de Caxias intensificou a fiscalização e o resguardo vigilante das reservas. “Mantemos permanente fiscalização contra obras irregulares. Todos os empreendimentos, para receberem a licença ambiental, devem estar dentro de padrões internacionais e legais de proteção do meio ambiente”, destaca Zito.
Em dezembro passado, o município um dos que têm maior extensão de áreas livres da Região Metropolitana — criou a primeira reserva biológica municipal do estado, com 1,5 milhão de metros quadrados de Mata Atlântica preservada, entre outras ações. A meta é fundar uma unidade de conservação em Xerém.
Para combater obras irregulares e lixões, Zito intensificou a fiscalização
(Foto: banco de imagens/O Dia)
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