sexta-feira, 25 de março de 2011

Xerém pode ganhar área ecoesportiva

Técnicos mapearam área com GPS; secretário acompanhou serviço




O distrito de Xerém, em Duque de Caxias, poderá ganhar em breve uma área ecoesportiva. O terreno em questão, com cerca de 2 hectares e coberto de vegetação nativa, hoje, por cessão, pertence ao Fluminense Football Club que já manifesta interesse de devolver ao município. O clube enfrenta uma ação civil pública instaurada em 2009 pelo Ministério Público. Além da área verde, o local dispõe de um ginásio coberto e um campo de futebol. A construção está abandonada e seu interior foi depredado por invasores que usam o local para consumo de drogas e encontros amorosos.

Ginásio da antiga FNM está abandonado


A sugestão está no parecer técnico do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), da Reserva Biológica do Tinguá, do Ministério do Meio Ambiente solicitado pelo Ministério Público. A vistoria (com medição da área com auxílio de GPS) foi feita por analistas e fiscais do ICMBio e do IBAMA no dia 16 de março. O trabalho foi acompanhado pelo secretário de Meio Ambiente, Agricultura e Abastecimento, Samuel Maia, que se mostrou favorável à criação de uma área em Unidade de Conservação naquele espaço verde.

Durante a fiscalização, os técnicos constataram que a área autuada pelo Ministério Público encontra-se em processo de regeneração. Entre as espécies nativas encontrada na região estão Angico, Embaúba, Candiúva, Guaretá e Camboatã. Destacaram, ainda, que outras espécies foram poupadas do corte durante o desmatamento. No parecer técnico as analistas ambientais e fiscais do ICMBio Graziela Moraes Barros e Maria Mirtes Machado Lopes informam que o embargo foi respeitado pelo clube.

Para garantir a recuperação total da área foi sugerido ao Ministério Público o “enriquecimento florestal com espécies nativas da mata atlântica através de projeto elaborado pelo Fluminense e acompanhado por profissionais habilitados, além do cercamento da área para evitar invasões, pisoteamento e acúmulo de lixo orgânico encontrado durante a fiscalização.

Samuel Maia agradeceu a inclusão desse destaque no parecer enviado ao Ministério Público e disse que uma das preocupações do governo é a preservação do meio ambiente.


Parte da área do clube pode virar unidade de conservação

"Estamos criando áreas de preservação ambiental em todos os distritos, inclusive na do Aterro Metropolitano do Jardim Gramacho, que vai encerrar suas atividades até o final do ano. Junto com a área que começou a ser desmatada pelo Fluminense, em Xerém, será incorporada a área lateral ao campo. No local, poderemos desenvolver atividades ecológicas voltadas para preservação do meio ambiente, além de impedir a invasão da área e a especulação imobiliária”, destacou Samuel Maia, que quer transformar o antigo ginásio da Fábrica Nacional de Motores em espaço multiuso.


Texto: Paulo Gomes/Secretaria de Comunicação e Eventos/PMDC
Fotos: divulgação

2 comentários:

  1. É muito importante, quando damos um salto para criar algo com tamanha dimensão, visualizando um bem de todos ( Direito Difuso), mas, o que dizer em um dos maiores desastres ecológico na estrada do Cantão, onde se destruiu toda uma massa florestal em conivência politicamente correto e acessível aos interesses de grandes Empresários o que não sou contra nas instalações Industriais que representa uma evolução e crescimento em todos os seguimentos, porém porque não é aplicado a todos de igual modo?
    Gostaria de saber que foi o responsável em ter assinado e permitido aos cortes criminoso de inúmeras árvores de tamanha importância para a preservação da Biodiversidade, me parece que os Meios Ambientes tem interesses diversos, ou adversa ao principio que se prega.
    Foi um crime Ambiental sem precedentes onde todos os interessados deram sua contribuição nesse crime seu Autor somente com um Réu. A Natureza, diga se sem a condição de defesa, pois a moto serra falou mais alto que a preservação.













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  2. É muito importante, quando damos um salto para criar algo com tamanha dimensão, visualizando um bem de todos ( Direito Difuso), mas, o que dizer em um dos maiores desastres ecológico na estrada do Cantão, onde se destruiu toda uma massa florestal em conivência politicamente correto e acessível aos interesses de grandes Empresários o que não sou contra nas instalações Industriais que representa uma evolução e crescimento em todos os seguimentos, porém porque não é aplicado a todos de igual modo?
    Gostaria de saber que foi o responsável em ter assinado e permitido aos cortes criminoso de inúmeras árvores de tamanha importância para a preservação da Biodiversidade, me parece que os Meios Ambientes tem interesses diversos, ou adversa ao principio que se prega.
    Foi um crime Ambiental sem precedentes onde todos os interessados deram sua contribuição nesse crime seu Autor somente com um Réu. A Natureza, diga se sem a condição de defesa, pois a moto serra falou mais alto que a preservação.













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