Município apoia os VLTs nos ramais de Guapimirim e Itaboraí

"VLT É ECOLÓGICAMENTE CORRETO" Samuel Maia

Encontro ocorreu em sala de reunião na Prefeitura

“Esta é uma reunião histórica”. Com estas palavras, o secretário de Comunicação e Eventos de Duque de Caxias, Luiz Carlos dos Santos, o Lucas, marcou o encontro em que se reuniu com o governo municipal, pela primeira vez, os representantes do Movimento pela Aceleração do Transporte Ferroviário no Estado do Rio de Janeiro. O movimento veio apresentar e buscar o apoio do prefeito José Camilo Zito para o Projeto Central, que visa à substituição por Veículos Leves sobre Trilhos (VLT) dos velhos e obsoletos trens da malha ferroviária para passageiros que ainda está a cargo do governo do estado: os trechos entre Saracuruna e Guapimirim e entre Niterói e Visconde de Itaboraí.

Os representantes do movimento se reuniram com membros das secretarias de Comunicação, Meio Ambiente e Planejamento. Representando o prefeito Zito estavam os secretários de Comunicação, Lucas, e do Meio Ambiente, Samuel Maia. Segundo Renilda Jardim, da Associação de Moradores de Suruí, a concretização deste projeto vai atender a mais de 4 milhões de moradores da região, melhorando a qualidade de vida de todos eles. “Estamos na luta para trazer o VLT para cá há 20 anos, quando eram usados apenas no Nordeste. Os trens que temos nesses trechos são precários e atendem apenas a mil pessoas por dia. Os VLTs poderiam atender diariamente a 10 mil usuários”, explicou, ressaltando que prefeitos de outras cidades da região metropolitana já apóiam a iniciativa: Rio de Janeiro, Itaboraí, Magé, Queimados e Guapimirim.

Lucas falou da importância que o prefeito dá para o transporte de massa. “Zito utilizou muito os trens, pois era o único transporte que podia usar para ir ao Rio, por causa do preço. Esse sucateamento da malha ferroviária como transporte público no Brasil não tem justificativa. Como dizer que o trem ficou obsoleto? Basta vermos a importância que ele tem nos Estados Unidos e na Europa, que pode ser toda cruzada de trem”, disse o secretário.

O secretário Lucas e Renilda Jardim, da Associação de Moradores de Suruí

De acordo com Sidney de Paula e Silva, ex-diretor do Sindicato dos Ferroviários da Central do Brasil é um dos autores do Projeto Central, a proposta é de baixo investimento para o alcance que terá, por isso pode ser facilmente implantado. “O custo para realizá-lo é de um terço do que foi gasto para instalar o teleférico do Complexo do Alemão, por exemplo. O principal entrave que o governo do Estado colocava para fazer isso é que não havia projeto para isso. Nós fizemos o projeto e oferecemos a eles”, reclamou Sidney.

O secretário Samuel Maia disse que Zito sempre batalhou pela melhoria de transportes públicos em Duque de Caxias. “Está em conversação com o secretário Estadual de Transporte, Júlio Lopes, a implantação de mais duas estações de trem na cidade: no Corte 8 e na REDUC. Ele também está procurando trazer o metrô de superfície para a cidade a partir da estação da Pavuna, que está na fronteira do Rio com São João de Meriti. Por isso, vocês podem contar com o apoio dele”, afirmou Samuel, que destacou o seu apoio particular a ideia: “Afinal, os VLTs são ecologicamente corretos”.

O presidente da Associação dos Trabalhadores Ambulantes de Trens do Estado do Rio de Janeiro, Jorge Gonzaga, o Azulão, falou da importância para o crescimento local. “Com a futura estação da REDUC e criando uma conexão entre os dois trechos ainda sob responsabilidade do estado, teremos uma ligação por VLT à refinaria de Caixas e seu complexo industrial com o COMPERJ em Itaboraí, o maior complexo petroquímico do Rio de Janeiro. E é mais opção para quem trabalha no Rio, já que os atuais trens só têm quatro horários de retorno para Guapimirim e o último dele é as 18h30”, concluiu Azulão.

Os representantes do movimento apresentaram o Projeto Central

Texto: Vinicius Marins

Fotos: Márcio Leandro