*Samuel Maia
Pós-Graduado em Gestão Pública, Especialista em Gestão Ambiental com Mestrado em História Social.
Não faz muito tempo, os pais desejavam que seus filhos se formassem em profissões, que possibilitariam a ascensão econômica e social. Os sonhos continuam! Porém, no século XXI em um mundo globalizado, além da capacitação profissional esta deve ser focada na sustentabilidade!
Novas profissões surgiram e já remuneram bem. Um novo campo profissional é o meio ambiente. O meio ambiente é o conjunto de condições, leis, influências e infra-estrutura de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas.
As questões ambientais são discutidas com freqüência, o que não acontecia há três décadas quando eram raros os questionamentos e as informações. Nos anos 80, ativistas ambientais começaram a discutir o assunto amplamente, atraindo principalmente os formadores de opinião, a comunidade acadêmica, a mídia e a sociedade civil organizada. Estudos da ONU mostram que cerca de 20% da população consome 80% dos recursos naturais explorados pelo homem.
A gestão ambiental é área sine-qua-non para o sucesso de uma empresa privada e de governos no século XXI, pois, a sociedade quer ver agregado nos produtos, serviços e gestão pública, compromissos com a sustentabilidade. Como exemplo na área ambiental, onde há necessidade multidisciplinar está a gestão de resíduos.
A cada dia são descartados mais de dois milhões de toneladas de lixo domiciliar no mundo. Esse volume equivale a dez montanhas como o Pão de Açúcar. Para se ter uma idéia, nos Estados Unidos, cerca de 30% tem como destino a reciclagem e a compostagem, 14% são incinerados e 56% são depositados em Aterros. Em Paris, 74% são incinerados, em Londres 9% são reciclados, 20% são incinerados e 71% são depositados em Aterros. No Brasil, esses números deixam a desejar apesar das leis que pune os crimes ambientais.
Segundo pesquisa do IBGE cada brasileiro gera cerca de 1,25 Kg de lixo por dia e mais da metade deste lixo é enviado a lugares inadequados como lixões. Com o crescimento a cada ano do processo de coleta seletiva (separação dos diversos tipos de resíduos gerados e reutilizados ou reciclados), podemos aumentar a geração de emprego e renda, aumentar a vida útil dos aterros, diminuir a poluição e preservar os recursos naturais.
Para isso, precisamos cada vez mais de profissionais especializados que conheçam a legislação federal, as políticas públicas, privadas e sócio-ambientais para a redução dos resíduos nas indústrias, residências, comércio, entre outros, chamados de fontes geradoras. Hoje para instalar e operar um empreendimento, o empreendedor deve cumprir as condicionantes e conformidades de sua licença ambiental, em qualquer área e atividade econômica. Logo, não há mais espaço para amadorismo e políticas públicas sem conteúdo estruturante, seja na atividade privada, seja na administração pública.
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