Considerada
por especialistas, marqueteiros e candidatos como um divisor de águas nas
campanhas, a propaganda eleitoral gratuita terá seu início nesta terça-feira
(21) em todo o País. A campanha na televisão e no rádio dá largada à fase
decisiva da disputa municipal e torna os candidatos conhecidos para o grande
público, podendo influenciar os indecisos, que representam entre 8% e 15% do
eleitorado nas principais capitais.
"A
televisão é o principal fator da eleição. Já era no passado e vai continuar
sendo. É o único veículo que nos permite atingir os indecisos e os eleitores
com menor consolidação das respectivas intenções de voto", afirma Antônio
Lavareda, presidente da empresa de consultoria política MCI.De
acordo com Lavareda, os reflexos da propaganda de TV podem ser vistos nas
curvas das pesquisas de intenção de voto em um curto espaço de tempo. "No
dia 30 de agosto, já vai ficar bastante perceptível o rumo das eleições nas
capitais em função desses nove dias de propaganda na TV", avalia.
Entre
as campanhas, a expectativa é que o impacto seja observado em um período um
pouco maior.
“Nós esperamos que uma mudança aconteça entre
10 e 15 dias, depois disso mudamos o planejamento da campanha conforme acharmos
melhor”, explica Ricardo Bérgamo, coordenador de marketing do candidato à
prefeitura de São Paulo Celso Russomanno (PRB).
Um
exemplo recente da influência da televisão nas eleições municipais se deu na
campanha de 2008, em São Paulo. Na pesquisa Ibope divulgada no início de julho,
o então candidato Gilberto Kassab (PSD) aparecia com 11% das intenções de voto,
enquanto Marta Suplicy (PT) liderava com 35% e Geraldo Alckmin (PSDB) tinha
32%.
A
partir do dia 19 de agosto daquele ano, quando foi veiculada a primeira
propaganda eleitoral gratuita pelo rádio e pela TV, Kassab cresceu
exponencialmente, enquanto o tucano caiu na preferência do eleitorado. Em
outubro, Kassab tinha 27% das intenções de voto, contra 35% de Marta Suplicy
(PT), e 17% de Alckmin. Kassab ainda chegou à frente da petista no primeiro
turno com 33%, contra 32% de Marta, e confirmou sua vitória no segundo turno.
"Toda
campanha começa com um número de indecisos bastante grande e, a partir do rádio
e da televisão, esse eleitor pode fazer sua decisão. É aí que é importante o
papel do rádio e da TV: fornecer informações para a hora do voto", afirma
Carlos Manhanelli, dono da primeira empresa especializada em marketing
eleitoral do Brasil.
"Toda
campanha começa com um número de indecisos bastante grande e, a partir do rádio
e da televisão, esse eleitor pode fazer sua decisão. É aí que é importante o
papel do rádio e da TV: fornecer informações para a hora do voto", afirma
Carlos Manhanelli, dono da primeira empresa especializada em marketing
eleitoral do Brasil.
Manhanelli
afirma que um programa eleitoral para alcançar êxito deve ter, sobretudo, alta
qualidade técnica. "A TV é altamente sintética. Não adianta ter muito
tempo de TV e um programa de baixa qualidade. A TV vende um carro, um
apartamento, em 30 segundos", afirma.
Alta
qualidade técnica, segundo Lavareda, se reflete em um bom roteiro, finalizado
com boas imagens e uma edição competente. "No geral, tem que ter o
conteúdo cognitivo e emocional adequados com os objetivos da
campanha".Para alcançar essas metas, as campanhas separam uma grande parte
do orçamento para o rádio e a televisão. De acordo com Aildo Ferreira, presidente
municipal do PRB e tesoureiro da campanha de Russomano, a expectativa é de que
a campanha gaste cerca de R$ 500 mil na produção do material para rádio e
televisão. O candidato dispõe de 2m12s e 197 inserções para divulgar suas
propostas.
Também
informaram a previsão de gastos para a campanha na televisão e rádio o PPS de
São Paulo, que espera gasta R$ 250 mil na campanha de Soninha e o PSB de Belo
Horizonte, que investirá R$ 281 mil na campanha de Márcio Lacerda.
Não
existe, para Lavareda, uma regra genérica que garanta que uma campanha
televisiva ou de rádio seja bem-sucedida. Um candidato, por exemplo, que é
líder nas pesquisas, deve adotar uma postura diferente de um candidato que
pretende ultrapassar este líder, que terá uma postura mais agressiva. "Uma
campanha deve ser feita baseada nas interferências sociais, econômicas e
eleitorais do momento. Não existe receita de bolo. Uma boa campanha é como um
bom terno: feito sob medida", explica Manhanelli.
Gostaria de saber o que voces achariam se Samuel maia fosse cadidato a vereador?
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