terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

6 Características indicam importância das árvores



Já plantou sua árvore? Calcula-se que seria preciso plantar dez árvores para garantir o oxigênio necessário para uma pessoa respirar durante um ano. As árvores sempre foram e sempre serão muito importantes para equilibrar o ecossistema do planeta e merecem o nosso cuidado e proteção. Disso não temos dúvidas. É preciso dar um basta na destruição das florestas. Recentemente, o jornal inglês “The Guardian” revelou algumas informações e curiosidades publicadas no livro Du bon usage des arbres (Do bom uso das árvores, em tradução livre), do francês Francis Hallé. Nele, seis características são destacadas para mostrar a importância das árvores para a vida como a conhecemos.
Longevas – Diferente dos seres humanos, as árvores podem viver centenas de anos caso não sofram nenhuma ação predatória ou destruidora como as que o homem pratica.
Auto-suficientes – Mesmo sem se mover, as árvores vivem muito bem e se viram sozinhas, já que precisam apenas dos recursos mais básicos para sobreviver, água, luz, nutrientes, o que retiram do ambiente à sua volta. Além disso, criam substâncias químicas contra seus inimigos como o taxol, utilizada no combate ao câncer.
Antitóxicas – Elas absorvem o dióxido de carbono e limpam o ar de poluentes como metais pesados, chumbo, manganês, fuligem e óxido nitroso (armazenados na madeira). Quanto mais antiga, mais poluentes absorve e mais nos protege das impurezas.
Tranquilizantes – O movimento de suas folhas ao vento, como o das espécies coníferas, por exemplo, liberam íons negativos que têm efeitos benéficos em nossa saúde e humor.
Subterrâneas – Suas raízes podem ser enormes e nós nem fazemos ideia de sua magnitude. Abrigam fungos, líquens, samambaias, insetos, vermes e alguns mamíferos.
Urbanas – Plantar árvores em zonas urbanas é essencial para trazer um pouco da natureza para a cidade, amenizando o caos rotineiro. Elas tornam o local mais fresco, preservam o solo, evitam inundações, fornecem energia e ainda produzem frutos que podem ser consumidos naturalmente.
A importância das árvores para os grandes centros urbanos atualmente é essencial para o meio ambiente.
Fonte: SOSmeioambiente com informações da Greenvana

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Caxias tem Transparência e Controle Social

Foto: Edmilson Muniz

O secretário de Meio Ambiente, Samuel Maia, defendeu a atuação do prefeito Zito à frente da Prefeitura


Dezenas de pessoas, entre lideranças sindicais, estudantes, parlamentares, ONGs, secretários municipais e outros representantes da sociedade civil de Duque de Caxias participaram da 1ª Conferência Municipal de Transparência e Controle Social (Consocial), realizada na Câmara Municipal, nesta quarta-feira, dia 15 de fevereiro. O objetivo é garantir ao cidadão o direito a informações do poder público - Executivo, Legislativo e Judiciário - fixando regras, prazos e instrumentos que facilitem a fiscalização e recursos para este fim.

Durante o evento, que teve início pela manhã e se estendeu durante a tarde, foram apresentadas centenas de propostas que integrarão o Conselho Municipal de Política Pública. Destas, vinte propostas serão encaminhadas para apreciação na Conferência Estadual, em março, quando outras propostas do Estado serão selecionadas para a Conferência Nacional, que será realizada em maio. O objetivo é compor planos sobre Transparência e Controle Social nos âmbitos municipais, estaduais e nacional, através de propostas encaminhadas pelos mais de cinco mil municípios brasileiros.

As propostas foram baseadas em quatro eixos temático: “Promoção da transparência pública e acesso à informação e dados públicos”; “Mecanismos de controle social, engajamento e capacitação da sociedade para o controle da gestão pública”; “Atuação dos conselhos de políticas públicas como instâncias de controle” e “Diretrizes para a prevenção e combate à corrupção”.

A iniciativa segue o que determina a Lei Complementar nº 131, de 2009, que acrescenta novos dispositivos à Lei de Responsabilidade Fiscal, obrigando a União, estados e municípios a divulgarem informações detalhadas sobre suas despesas e receitas.

O secretário de Planejamento, Hormindo Bicudo, disse que o governo municipal chegou a fazer a convocação para a realização da conferência, mas entendeu que era fundamental a participação da sociedade no evento. Ele destacou que a cidadania se dá entre dois pilares – receitas e despesas – e que sem recursos não há como fazer gestão. “Este evento marca o amadurecimento de nossa população”, afirmou Hormino.

Também presente, o secretário de Trabalho, Emprego e Renda, Jorge Cesar de Abreu, destacou a importância estratégica para o desenvolvimento do município e disse que as grandes dificuldades são as desigualdades sociais e as agressões ao meio ambiente. “Somente com a participação da sociedade teremos condições efetivas de combater estas questões”, concluiu o secretário.

Os conferencistas foram unânimes em citar e apoiar a gestão transparente da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Agricultura e Abastecimento, incluindo entre as propostas a serem acatadas pelos demais órgãos do poder público municipal o bem sucedido modelo do BLOG DE TRANSPARÊNCIA E ACESSO A INFORMAÇÕES O CAXIAS MAIS VERDE!


O secretário de Meio Ambiente, Samuel Maia, elogiou a iniciativa e disse que a mobilização social é fundamental para dar mais respaldo ao trabalho que é realizado pelo governo municipal, que atua em todas as regiões da cidade.

Eleito Delegado a 1ª Conferência Estadual de Transparência e Controle Social, a realizar-se de 16 a 18 de março, Samuel Maia informou aos demais conferencistas que continuará a defender o Orçamento Participativo e como Professor da Rede Estadual que defende a Eleição de Diretores!

Texto: Nelson Soares

Fotos: Edmilson Muniz



quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Baixada forma Consórcio para reaproveitar resíduos de obras

Samuel Maia e Coordenou a Reunião

Deve ser formalizado até maio o Consórcio Público de Gestão de Resíduos Sólidos, integrado pelos municípios de Duque de Caxias, Belford Roxo, Mesquita, São João de Meriti, Nilópolis e Nova Iguaçu para dar um destino correto ao entulho proveniente de obras da construção civil, descartados irregularmente nestas cidades. Nesta segunda-feira, 12 de fevereiro, secretários de Meio Ambiente dos seis municípios se reuniram com representantes da Secretaria Estadual do Ambiente (SEA), na sede da Prefeitura de Duque de Caxias, para a elaboração do protocolo de intenções da criação do Consórcio, que ainda neste semestre estará em funcionamento.

Na reunião ficou acertado que as cidades consorciadas ficarão responsáveis pela reciclagem e reaproveitamento de entulho limpo, oriundo de resíduos de construção civil e de outras obras. O trabalho deverá ser executado com o apoio das áreas jurídica e técnica das cidades envolvidas e tem como objetivo viabilizar uma estratégia de gestão dos resíduos resultantes de sobras da construção civil. O objetivo é cumprir o que determina a Política Nacional de Resíduos Sólidos, criada através da Lei nº 12.305, de agosto de 2010.

Vânia Peixoto, da Supre, (centro) e Samuel Maia representaram Duque de Caxias

Caberá ao Consórcio, ainda, promover a gestão ambiental adequada, através do incentivo às associações de catadores, coleta seletiva, reciclagem dos materiais e a correta destinação final dos resíduos não reciclados, adotando tecnologias apropriadas e soluções de menos custo. Outro ponto fundamental é a implantação dos serviços de coleta de materiais como pneus, pilhas e baterias, equipamentos eletroeletrônicos e outros, com o sistema de retorno às empresas fabricantes. “Os responsáveis por estes materiais são os fabricantes e as empresas que os comercializam. Assim, elas têm a obrigação de recolhê-los após o prazo de validade”, comentou Victor Zveibil, superintendente de Política de Saneamento da SEA.

As reuniões para a elaboração do Consórcio estão sendo realizados nos seis municípios envolvidos. A primeira aconteceu em São João de Meriti, dia 16 de dezembro, e a segunda, em Nova Iguaçu, dia 2 de fevereiro. O próximo encontro será realizado em março, quando ficará acertada a data de assinatura do documento pelos prefeitos das cidades que foram o Consórcio, em abril. O passo seguinte é encaminhar o contrato do Consórcio Público de Gestão de Resíduos Sólidos para aprovação nas Câmaras Municipais.

Segundo o secretário de Meio Ambiente de Duque de Caxias, Samuel Maia, a iniciativa será fundamental para que materiais descartados sejam reaproveitados na própria construção civil. Ele observa que mais da metade das 25 mil toneladas de entulho descartadas ilegalmente por mês em Duque de Caxias vem do Rio de Janeiro. “A iniciativa permitirá gerar mais empregos nos seis municípios, além de acabar com um problema cada vez mais grave de agressão ao meio ambiente de nossa cidade”, concluiu Maia.



Texto: Nelson Soares

Fotos: Edmilson Muniz


sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Prefeitura e Braskem fazem parceria ambiental

Samuel Maia e Equipe Braskem em visita Técnica

Parceria entre a Prefeitura de Duque de Caxias e a empresa Braskem vai dinamizar mais ainda o reflorestamento de áreas degradadas e de parques ambientais da cidade. A iniciativa prevê a produção e o plantio de mais de 35 mil mudas de espécies nativas, na reserva ambiental do Parque da Caixa D’Água, em Jardim Primavera, onde a instituição Projeto Fábrica de Floresta, mantida pela Braskem, construirá um viveiro e um horto com cerca de 5 mil metros quadrados para produção e desenvolvimento espécies nativas da Mata Atlântica. A previsão é de que as mudas estejam sendo produzidas já a partir de abril.O Projeto Fábrica de Floresta já desenvolveu trabalho semelhante no Polo Industrial de Camaçari, e em outras regiões da Bahia, desde 2008, com uma produção de mais de 500 mil mudas de espécies nativas, das quais 350 mil já foram plantadas. Representantes da Braskem e da Fábrica de Floresta estiveram nesta quarta-feira, dia 8 de fevereiro, no Parque da Caixa D´Água, com o secretário de Meio Ambiente, Samuel Maia, para conhecer a reserva.

Uma das maiores empresas nacionais do ramo petroquímico, com instalações no distrito industrial de Duque de Caxias, a Braskem vem destacando sua preocupação com questões ambientais, como o efeito estufa e o desmatamento, principais causas das mudanças climáticas no planeta e grande ameaça para a vida na terra. Desta preocupação surgiu o Projeto Fábrica de Floresta, que inicialmente desenvolveu trabalhos para empresas e municípios no Estado da Bahia.

Acompanhados de Samuel Maia, o coordenador da Fábrica de Floresta, Paulo Tadeu, e a diretora de Relações Institucionais da Braskem, Cinthia Vargas, e assessor da Divisão de Controle Ambiental da Secretaria de Meio Ambiente, Eraldo Brandão, visitaram o Parque da Caixa D’Água, onde a Prefeitura já vem promovendo um trabalho de reflorestamento. O grupo constatou que as espécies reintroduzidas estão em pleno desenvolvimento, com os Ipês amarelo, Araças, Candeias e outras árvores já acima dos dois metros.

Paulo destacou que tem interesse em promover a recuperação ambiental e disse que gostaria de estender a iniciativa a outras cidades. “Queremos atuar também em cidades de Minas Gerai, São Paulo e do Nordeste, sempre respeitando os biomas locais”, observou. A expectativa é que o viveiro produza mudas para reflorestamento e para doação. O trabalho será feito pelos técnicos do Projeto e contará com o apoio de parceiros e da população local.

Para Samuel Maia, este é mais um passo no sentido de tornar Duque de Caxias uma cidade com qualidade de vida e preocupação com as questões ambientais, importantes para a sobrevivência do ser humano. O grupo visitou, também, a área de preservação natural do Parque Equitativa, em Santa Cruz da Serra, onde a secretaria está construindo a nova sede administrativa, mantendo suas características ambientais.

Texto: Nelson Soares

Fotos: Márcio Leandro

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Reciclagem livra Caxias de embalagens plásticas

Duque de Caxias passou a fazer parte, nesta segunda-feira, 6 de fevereiro, das cidades contempladas pelo Programa Jogue Limpo, parceria entre o Governo do Estado, Prefeituras e postos de gasolina, que prevê a reciclagem de embalagens plásticas de óleos lubrificantes. A iniciativa foi lançada no posto Socape, no bairro Pauliceia, de onde foram coletados cerca de 100 vasilhames vazios de óleos lubrificantes. Segundo o secretário de Meio Ambiente de Duque de Caxias, Samuel Maia, 35 dos 91 postos estabelecidos na cidade já aderiram ao projeto.

Samuel Maia observa o funcionário fazer a pesagem no caminhão do programa

O material foi levado para a empresa LMG Indústria e Comércio de Plástico, única empresa com licença do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) para processar reciclagem de material plástico e que ficam em Duque de Caxias. “Com isso, milhares de embalagens que poderiam poluir nossa cidade vão ganhar um destino politicamente correto. O meio ambiente e as futuras gerações agradecem”, comentou Samuel, que pretende incluir no projeto a coleta de resíduos de óleo de cozinha. “Vamos negociar com os donos de postos de combustíveis e ampliar o raio de ação desta parceria”, disse o secretário.

O Programa Jogue Limpo, que já existe em cinco estados, se tornou possível depois da criação da Lei 12.305/2010, assinada em agosto daquele ano, que instituiu no Brasil a Política Nacional de Resíduos Sólidos. O objetivo era regular a reciclagem e o manejo dos resíduos de acordo com padrões pré-estabelecidos, criando mecanismos de controle para evitar a contaminação do solo, da água, e das demais áreas contaminadas pelo descarte inadequado de rejeitos que comprometiam a qualidade de vida.

As embalagens se transforma em diversos produtos após serem recicladas

A coleta e transporte do material é feita pela empresa Suatrans, especializada e autorizada pelo Inea a fazer o transporte dos resíduos. A expectativa é de que em 2012 sejam coletados 27 mil quilos/mês de embalagens nos 2.121 postos que aderiram à iniciativa nos estados do Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, Estado do Rio de Janeiro, e São Paulo (Capital), num total de 50 mil toneladas. A coleta do material é acompanhada por um programa de transmissão de dados que funciona em tempo real. “No ano passado, a marca ficou em 40 mil toneladas, número que pretendemos elevar de acordo com as novas adesões”, observou a assistente do Programa Marcello Azeredo.

Adriano, dono do posto, Samuel, Kátia e Ricardo acrediam no resultado positivo

Depois de processadas, as embalagens são transformadas em diversos produtos como outros vasilhames, baldes e masseiras usados em construção civil, conduítes e caixas de passagem elétrica, entre outros objetos. Estiveram presentes, ainda, o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis, Lubrificantes e Lojas de Conveniência do Estado do Rio de Janeiro (SINDESTADO-RJ), Ricardo Lisbôa Vianna, a secretária de Meio Ambiente de Mesquita, Kátia Perobelo, além da direção do posto Socape e outros convidados. No próximo dia 16, o Programa será lançado em Nova Iguaçu.



Texto: Nelson Soares

Fotos: George Fant


segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Reciclagem Nós devemos Participar


O Brasil recicla quase 100% de suas latinhas de alumínio.

A reciclagem é um processo em que determinados tipos de materiais, cotidianamente reconhecidos como lixo, são reutilizados como matéria-prima para a fabricação de novos produtos. Além de se apresentarem com propriedades físicas diferentes, estes também possuem uma nova composição química – fator principal que difere o reaproveitamento da reciclagem, conceitos estes muitas vezes confundidos.

Este processo é importante, nos dias de hoje, porque transforma aquilo que iria ou já se encontra no lixo em novos produtos, reduzindo resíduos que seriam lançados na natureza, ao mesmo tempo em que poupa matérias-primas, muitas vezes oriundas de recursos não renováveis, e energia. Para produzir alumínio reciclado, por exemplo, utiliza-se apenas 5% da energia necessária para fabricar o produto primário.

Dessa forma, é importante separar esses materiais, para que não sejam encaminhados juntamente com o lixo que não é reciclável, não tendo outro destino a não ser ocupar espaço nos aterros sanitários e lixões. O texto “Coleta seletiva em casa explica bem esse processo.


Em nosso país, quase toda a totalidade de latinhas descartáveis e garrafas PET são recicladas. Entretanto, plásticos, latas de aço, vidro, dentre outros matérias, são pouco considerados neste processo, reforçando as estatísticas que apontam que somente 11% de tudo o que se joga na lata de lixo, em nosso país é, de fato, reciclado.

No Brasil, Curitiba (PR), Itabira (MG), Santo André (SP) e Santos (SP) são as cidades que mais reciclam seus materiais.

Por Mariana Araguaia
Graduada em Biologia

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Polícia apura descarte irregular de ossada humana

Servidor do Corpo de Bombeiros utiliza pá para revirar material jogado de forma irregular

Após denúncia anônima à Secretaria de Meio Ambiente, a Guarda Municipal de Duque de Caxias registrou inquérito na quinta-feira, 26 de janeiro, na 60ª Delegacia de Polícia, de Campos Elíseos, contra o despejo irregular de ossos humanos no bairro Figueira. O material estava num terreno abandonado e foi recolhido pelo Corpo de Bombeiros e levado para o Instituto Médico Legal (IML). A Polícia Civil fará perícia no material.

Técnicos da Secretaria de Meio Ambiente Comandam a Operação e Policial civil recolheu provas para perícia no bairro Figueira

Os ossos estavam espalhados entre restos de sobras de urnas mortuárias (caixões), misturados a outros tipos de detritos. Segundo moradores, o material foi jogado no local por um caminhão. Levantamentos feitos pelos policiais encontraram sacos de uma marca de café que não tem consumo em Duque de Caxias.

Os agentes seguiram as pistas e apuraram que as embalagens pertencem a um tipo de caputino, que é comercializado no cemitério Memorial do Carmo, no Caju, localizado no município do Rio de Janeiro. A polícia poderá convocar a direção do cemitério Memorial do Carmo para apurar por que as ossadas foram jogadas na cidade e num local irregular.

Para o Secretário Samuel Maia, a ação espelha tolerância zero que o município implantou aos crimes ambientais.

Polícial descobre caputino que é comercializado no cemitério Memorial do Carmo, no Caju

A operação contou também com a participação da Secretaria de Meio Ambiente, Obras, Serviços Públicos, policiais da delegacia de Campos Elíseos e Bombeiros.



Texto: Nelson Soares

Fotos: Edmilson Muniz


quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Catadores do Jardim Gramacho, no Rio de Janeiro, receberão capacitação para novas oportunidades de trabalho

Samuel Maia e Roseli Duarte ouvem técnico do MDS

Em reunião com o MDS e órgãos estaduais e municipais, os representantes da cooperativa de material reciclável conheceram as ações de inclusão social e produtiva destinadas a suas famílias. Aterro Metropolitano de Duque de Caxias será fechado em abril

Brasília, 31 – Representantes dos governos federal, do estado do Rio de Janeiro e do município de Duque de Caxias se reuniram nesta terça-feira (31) para discutir ações de apoio aos catadores de materiais recicláveis do Aterro Metropolitano Jardim Gramacho, naquela cidade fluminense. O fechamento do local está previsto para abril. Cerca de 1,2 mil catadores e suas famílias terão apoio para inclusão social e produtiva e receberão um fundo de participação da empresa que explorará o gás metano na região.

Estiveram representando o governo municipal os Secretários Roseli Duarte da Assistência Social e Samuel Maia da SMMAAA.

“A legislação sobre resíduo sólido aprovada no ano passado exige que todos os lixões irregulares sejam fechados. Gramacho é um deles. Temos mais de 3 mil lixões no país na mesma situação”, disse o diretor da Secretaria Extraordinária de Superação da Extrema Pobreza do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Luiz Müller.

Com o fechamento dos lixões irregulares, a fonte de renda desses catadores vai acabar. Por isso, os governos federal, estadual e municipal estão estudando maneiras de resolver a situação. Uma delas é capacitá-los para trabalhar na coleta seletiva, tanto em Duque de Caxias como nos municípios próximos.

“Há ainda uma economia paralela que fornece comida, bares, farmácia e que também sofrerá alteração na região. Para isso, ofereceremos a capacitação dessas pessoas pelo Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) e pelo Mulheres Mil”, assinala o diretor.

De acordo com Müller, é preciso olhar o mapa de oportunidades da cidade. “Hoje, o Brasil tem muita oportunidade de trabalho, inclusive para pessoas com baixa escolaridade.” Ele propõe que as ações sejam transversais: “Cada vez fica mais evidente que a política só funciona com transversalidade”.

Segundo o presidente da Cooperativa de Catadores de Materiais Recicláveis do Jardim Gramacho, Sebastião Carlos dos Santos, o Tião, o Brasil tem hoje cerca de 1 milhão de catadores. Apesar do contingente da mão de obra empregada, ressaltou, a sociedade ainda vê esse trabalho como algo periférico. “É um mercado promissor, mas é preciso humanizar a forma de trabalho.”

Para Tião, os catadores esperam a criação de uma política de inclusão produtiva. “Seja na qualificação profissional para o mercado de trabalho formal, seja na cadeia produtiva de reciclagem, por intermédio do desenvolvimento das cooperativas, do aporte de infraestrutura, maquinário e da qualificação da gestão.”

Cadastro Único – Para implantar as ações sociais, é necessário que os catadores estejam inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal. “Precisamos identificar quem tem perfil para receber o Bolsa Família. Pela renda, neste momento, uma parcela pode receber e outra não. Mas, assim que perderem a renda, todos serão passíveis”, disse Müller.

"É um exercício de concertação governamental que é impar na História de Duque de Caxias", afirmou Samuel Maia.

A ideia é que todos estejam cadastrados até o fim de fevereiro. Para isso, atualmente há uma força-tarefa destinada a cadastrar e atualizar informações, consolidando a base de dados dos catadores.

Além do governo federal, das secretarias estaduais e municipais das áreas de Assistência Social, Direitos Humanos, Meio Ambiente, Agricultura e Abastecimento, estão envolvidas nas ações a empresa Nova Gramacho e a organização não governamental Centro de Estudos Socioambientais.