Sacrificado durante décadas pelo despejo de milhares de toneladas lixo vindos de vários municípios, o Jardim Gramacho, no primeiro distrito, prepara-se para se tornar um bairro modelo, com qualidade de vida para seus moradores. Os últimos caminhões com dejetos ainda fazem uso da área que se tornou o maior aterro sanitário da América Latina, mas a expectativa é que as atividades no lixão sejam encerradas até o final de abril. Representantes dos catadores de materiais recicláveis, que vivem do aterro sanitário, se reuniram nesta manhã, 9 de março, com representantes dos Governos Federal, Estadual e Municipal. O objetivo foi conhecer o cotidiano dos trabalhadores e analisar as reivindicações feitas ao poder público.
Pelo menos 1.800 catadores foram cadastrados pela Prefeitura de Duque de Caxias, através das Secretarias de Assistência Social e Direitos Humanos (SMASDH), entre janeiro e fevereiro. Com o fim do aterro sanitário, cerca de 8 mil pessoas – levando-se em conta que cada tenha mulher e pelo menos dois filhos – perderam sua forma de sustento. Assim, os trabalhadores cadastrados serão incluídos em programas sociais, cursos de qualificação e associações de geração de renda.
Os catadores receberam as autoridades em sua associação, no Jardim Gramacho, onde foram apresentadas as reivindicações para serem implementadas após o fim do aterro sanitário. Estiveram presentes a secretária municipal de Assistência Social de Duque de Caxias, Roseli Duarte; o secretário municipal de Meio Ambiente, Samuel Maia; a deputada federal Andreia Zito, o secretário geral da Casa Civil do Governo Federal, Diogo Nogueira. Também compareceram técnicos do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) e representantes da Secretaria Estadual do Ambiente (SEA) e de outras instituições parceiras da iniciativa, como o PANGEA, INCRA, Banco do Brasil, Petrobras, Caixa Econômica, IBASE e Assecampe, entre outras.
Diogo Nogueira lembrou que a reunião aconteceu na associação por sugestão do catador Alexandre Gordinho, que contribuiu muito para que o grupo conhecesse o cotidiano dos trabalhadores. Nogueira destacou que é preciso pensar, também, em fatores como habitação para os trabalhadores, que ainda não têm onde morar. Denise Lobato, da Secretaria Estadual do Ambiente, destacou a importância de priorizar trabalho e renda para os catadores. “A intenção é acabar com o lixão, não com os catadores”, concluiu.
Nenhum comentário:
Postar um comentário