Um termo muito utilizado, no século XIX pelos abolicionistas, ao fazerem críticas
aos escravocratas do Brasil, era "Fazendo Lei para Inglês ver!", por causa de leis
que se fazia para mostrar aos anglo-saxônicos que aos poucos estava acabando a
escravidão do Brasil.
A nomeação da juíza negra, agora desembargadora é um exemplo disto, pois,
Ela tomou posse hoje e já irá se aposentar em setembro.
aos escravocratas do Brasil, era "Fazendo Lei para Inglês ver!", por causa de leis
que se fazia para mostrar aos anglo-saxônicos que aos poucos estava acabando a
escravidão do Brasil.
A nomeação da juíza negra, agora desembargadora é um exemplo disto, pois,
Ela tomou posse hoje e já irá se aposentar em setembro.
Primeira desembargadora negra do Tribunal de Justiça denuncia racismo
Ela foi elogiada pela presidente da instituição
Rio - O Tribunal de Justiça do Rio tem, finalmente, uma desembargadora
negra. A promoção da juíza Ivone Caetano foi confirmada nesta segunda-feira.
“Tudo é mais difícil para uma pessoa negra”, discursou ela. Ivone fala com
conhecimento de causa. Mesmo entre seus pares, já sofreu preconceito. Em
entrevista exclusiva ao DIA , a desembargadora revelou comentários racistas
recebidos por ela na lista de mensagens da Associação de Magistrados
Brasileiros (AMB), em 2012. “Até agora não soube de qualquer punição ao
responsável”, lamentou.
Foi às vésperas da aprovação da lei federal que instituiu cotas para negros
nas universidades públicas. Em mensagem na lista da AMB, um magistrado
que se identificou como Sérgio Braz reclamou: “Se querem incluir negros, porque
não se incluir anõezinhos, portadores de burrice, gaguinhos, bichas, lésbicas,
calhordas, Síndrome de Down, (...) abobados, bêbados viciados em crack, (…)
leprosos, etc...”. O texto tem data de 25 de abril de 2012.
A juíza Ivone Ferreira Caetano, de 69 anos, tomou posse do cargo de
desembargadora do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro na tarde de ontem,
com longa salva de palmas. Na cerimônia, houve também uma apresentação
da banda de metais da Polícia Militar interpretando o Hino Nacional.
Desde 2004, Ivone era juíza titular da Vara da Infância, da Juventude e do Idoso
da Comarca do Rio de Janeiro. A partir de agora, ela atuará na Câmara de Defesa
do Consumidor. A presidente do Tribunal de Justiça, desembargadora Leila Mariano,
destacou a trajetória da juíza. “Foi uma menina pobre e conseguiu se tornar uma
personalidade do Judiciário. Seu nome está ligado a superação de preconceitos e
a possibilidade de se mudar o destino”, afirmou a presidente do TJ do Rio.
Defensora da função social das cotas
A desembargadora Ivone Caetano sempre se colocou a favor de cotas para negros
nas universidades públicas. Ela não usou esse expediente, mas reconhece a função
social das ações afirmativas. A magistrada diz que sofreu muito para conseguir avançar
na carreira. “Não quero que os meus pares tenham o mesmo tipo de dificuldade que eu
tive”, afirma. A Uerj analisou por cinco anos as notas de seus alunos. Os cotistas tiraram,
em média, 6,41. Os estudantes não cotistas tiveram média de 6,37.
Fonte: Jornal O Dia
negra. A promoção da juíza Ivone Caetano foi confirmada nesta segunda-feira.
“Tudo é mais difícil para uma pessoa negra”, discursou ela. Ivone fala com
conhecimento de causa. Mesmo entre seus pares, já sofreu preconceito. Em
entrevista exclusiva ao DIA , a desembargadora revelou comentários racistas
recebidos por ela na lista de mensagens da Associação de Magistrados
Brasileiros (AMB), em 2012. “Até agora não soube de qualquer punição ao
responsável”, lamentou.
Foi às vésperas da aprovação da lei federal que instituiu cotas para negros
nas universidades públicas. Em mensagem na lista da AMB, um magistrado
que se identificou como Sérgio Braz reclamou: “Se querem incluir negros, porque
não se incluir anõezinhos, portadores de burrice, gaguinhos, bichas, lésbicas,
calhordas, Síndrome de Down, (...) abobados, bêbados viciados em crack, (…)
leprosos, etc...”. O texto tem data de 25 de abril de 2012.
Braz seria um magistrado paulista. Ivone lamenta que ninguém tenha sido
punido, apesar de ter enviado ofícios à AMB, Associação de Magistrados do
Estado do Rio de Janeiro e a Maria do Rosário (então ministra dos Direitos
Humanos). Sobre o racismo no Judiciário, ela comenta: “Não existe no País
lugar que não tenha preconceito racial. Quanto mais alto for o patamar, mais
camuflado e mais violento.”
punido, apesar de ter enviado ofícios à AMB, Associação de Magistrados do
Estado do Rio de Janeiro e a Maria do Rosário (então ministra dos Direitos
Humanos). Sobre o racismo no Judiciário, ela comenta: “Não existe no País
lugar que não tenha preconceito racial. Quanto mais alto for o patamar, mais
camuflado e mais violento.”
Através de assessoria, a AMB informou que se limitou a responder às indagações
de um delegado carioca sobre o assunto, em 2013. Nenhuma sanção foi aplicada
ao magistrado. Presidente atual da Amaerj, Rossidélio Lopes não conhecia a
denúncia. “Nossa assessoria jurídica está à disposição”, disse.
Presidente do TJ elogia Ivonede um delegado carioca sobre o assunto, em 2013. Nenhuma sanção foi aplicada
ao magistrado. Presidente atual da Amaerj, Rossidélio Lopes não conhecia a
denúncia. “Nossa assessoria jurídica está à disposição”, disse.
A juíza Ivone Ferreira Caetano, de 69 anos, tomou posse do cargo de
desembargadora do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro na tarde de ontem,
com longa salva de palmas. Na cerimônia, houve também uma apresentação
da banda de metais da Polícia Militar interpretando o Hino Nacional.
Desde 2004, Ivone era juíza titular da Vara da Infância, da Juventude e do Idoso
da Comarca do Rio de Janeiro. A partir de agora, ela atuará na Câmara de Defesa
do Consumidor. A presidente do Tribunal de Justiça, desembargadora Leila Mariano,
destacou a trajetória da juíza. “Foi uma menina pobre e conseguiu se tornar uma
personalidade do Judiciário. Seu nome está ligado a superação de preconceitos e
a possibilidade de se mudar o destino”, afirmou a presidente do TJ do Rio.
Defensora da função social das cotas
A desembargadora Ivone Caetano sempre se colocou a favor de cotas para negros
nas universidades públicas. Ela não usou esse expediente, mas reconhece a função
social das ações afirmativas. A magistrada diz que sofreu muito para conseguir avançar
na carreira. “Não quero que os meus pares tenham o mesmo tipo de dificuldade que eu
tive”, afirma. A Uerj analisou por cinco anos as notas de seus alunos. Os cotistas tiraram,
em média, 6,41. Os estudantes não cotistas tiveram média de 6,37.
Fonte: Jornal O Dia
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