sexta-feira, 26 de junho de 2009

Meio Ambiente de Caxias interdita empresa de reciclagem no Jardim Gramacho

Secretário Samuel Maia visita instalações de empresa de reciclagem interditada

A empresa Desot de reciclagem plástica, localizada no Jardim Gramacho, em Duque de Caxias, foi interditada hoje pela Prefeitura, por descumprir as normas ambientais determinadas por lei. No local - um velho galpão em péssimo estado -, trabalhavam cerca de 20 pessoas sem carteira assinada, algumas aparentando serem menores de idade. Não havia equipamentos de segurança para os funcionários e as instalações estavam em péssimo estado. Restos de sacolas plásticas eram descartados nos fundos do terreno, misturado ao esgoto, onde havia infestação de ratos.

Um subsolo onde sobravam infiltrações e sujeira servia de moradia para o vigia da empresa, Raimundo Alves, 53 anos. Ele negou que dormisse no local, mas não soube explicar a existência de um colchão encostado na parede do cômodo. “A gente precisa trabalhar, então não olha muito para estas coisas”, argumentou, enquanto os técnicos da Secretaria de Meio Ambiente vistoriavam o subsolo. Há um ano trabalhando no local, Raquel Martins, 25 anos, espera que as condições da empresa melhorem. “Preciso trabalhar, por isso torço para que as exigências sejam cumpridas”, disse Raquel.

As irregularidades foram descobertas durante uma operação coordenada pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Agricultura e Abastecimento, com apoio do Batalhão Florestal da Guarda Municipal, no bairro Jardim Gramacho. Os técnicos ficaram surpresos com o que encontraram na empresa. “Aqui existem várias irregularidades ambientais, alem de furto de energia”, comentou o secretário de Meio Ambiente, Samuel Maia. Segundo ele, a empresa também conta com um poço artesiano que não tem autorização dos órgãos competentes.

Para regularizar a situação da empresa, o proprietário terá de cobrir toda a área para que o material não fique exposto à chuva e ao sol. O solo terá de ser impermeabilizado, para evitar a contaminação do material, bem como o registro de todos os funcionários. O proprietário, identificado como Jorge Alexander, não foi encontrado, mas disse que vai tentar se enquadrar às normas ambientais para poder voltar a funcionar. Ele negou a existência de menores entre os funcionários.

Texto: Paulo Gomes/Assessoria de Comunicação PMDC
Fotos: George Fant/Assessoria de Comunicação PMDC

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