Leio no Planeta Sustentável a notícia de que em Seatle, nos EUA, foi aprovada uma lei que permitirá à prefeitura multar quem encher mais de 10% das suas lixeiras com lixo orgânico. Como fiscalizarão, não sei. Deverá ser uma tarefa árdua, mas, provavelmente, o sistema de coleta por lá deve ser suficientemente organizado para permitir o CONTROLE que, segundo diz a matéria,será acompanhado por sistema informatizado.
Bem, independentemente dessa parte operacional, o interessante é o espírito da lei, que visa o estímulo ao consumo consciente, a redução do desperdício de alimentos e à prática do aproveitamento dos resíduos por meio da compostagem. A fiscalização começa em janeiro de 2015, quando os infratores passam a ser notificados. As multas serão aplicadas a PARTIR de julho.
O valor será de U$1,00 para cada flagrante de excesso de lixo residencial. Já para prédios e o comércio fica em U$50,00. A multa será cobrada junto com a conta de lixo do mês seguinte ao do flagrante.
Por aqui produzimos milhares de toneladas de lixo orgânico diariamente. Uma caminhada pelas ruas centrais das principais cidades do país no fim da tarde não deixa dúvidas. Os sacos pretos nas portas dos restaurantes não têm 10% de lixo, mas 100%. As CENAS de pessoas abrindo esses sacos para dali retirarem alimentos são comuns.
Aqui no Rio, até o ano passado, nem mesmo a comida excedente feita pelos restaurantes podiam ser aproveitadas e, muitas vezes tinham o lixo como destino. Os estabelecimentos não podiam DOAR essa comida excedente, sob o risco de infligirem a lei. Com uma nova lei aprovada já é possível doar a comida excedente que não tenha ido à mesa. É um avanço, mas ainda falta muito, afinal a outra parte continua a ser jogada nas ruas.
O sistema de comida a quilo permite uma redução considerável do lixo gerado pelo alimento servido e não consumido. Mas grande parte das pessoas enche os pratos além do que conseguem comer e acaba jogando FORA o excedente.
Nos restaurantes a la carte seria muito mais interessante uma alteração nos padrões de atendimento, para que clientes e restaurantes conseguissem um meio termo que reduzisse o desperdício. É comum o retorno das MESAS para as cozinhas, como lixo, de bandejas cheias de arroz, farofa, feijão e outros acompanhamentos. Seria muito melhor, como conheci em Juiz de Fora, um sistema onde a porção servida parece menor, mas que permite a reposição de acordo com a necessidade. Como me disse a dona do restaurante, na media, todo mundo sai ganhando
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