terça-feira, 1 de setembro de 2009

Saiu no jornal

Confira matéria publicada neste domingo, 30 de agosto, no caderno "Baixada" do jornal "O Dia".

Para criar polo de alimentação
Programa de incentivo à agricultura pretende gerar empregos e renda em oito municípios e beneficiar 2,5 mil famílias

O setor rural da Baixada Fluminense está ganhando novo gás. Oito municípios, em parceria com a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), lançaram o Movimento Agrícola na Baixada para implementar uma política regional no setor. O objetivo é transformar a região em pólo produtor de alimentos, gerando emprego e renda. Participam os municípios de Nova Iguaçu, Queimados, Japeri, Seropédica, Duque de Caxias, Belford Roxo, Mesquita e Paracambi.

Segundo representantes dos municípios, cerca de 2,5 mil famílias sobrevivem de atividades rurais, com renda média de até dois salários. O secretário de Meio Ambiente e Agricultura de Nova Iguaçu, Fernando Cid, acredita que o total pode se multiplicar, desde que os municípios se unam e definam metas e prioridades para obter linhas de financiamentos. “A agricultura permitirá a criação de empregos e geração de riqueza”, garante Cid.

As culturas são bem diversificadas na região, com plantações de legumes, frutas e hortaliças. O cultivo de aipim é o que mais sobressai, principalmente nas regiões de Japeri e Nova Iguaçu, onde inclusive foi criada uma festa para comemorar a safra em julho.

Produção para Ceasa

Em Japeri, aproximadamente 600 famílias vivem do campo. Entre eles, Silvio Florentino de Castro, 55 anos, que tem como carro-chefe a produção de aipim, coco e quiabo.

Família de Silvio é uma das 600 de Japeri que vivem da produção no campo com cultivo de coco, aipim e quiabo
Foto: Paulo Araújo/O Dia

Em Nova Iguaçu, as culturas são o aipim, a banana e o quiabo. Parte da produção vai para a Ceasa e parte é comercializada de porta em porta e feiras das cidades. Segundo dados fornecidos pela Emater, tendo como base números de 2008, o valor declarado de produção foi de R$ 7.322.806 divididos pelos setores de legumes e verduras (58%), fruticultura (18%) e pecuária (23%), gerando quatro mil empregos diretos, entre uma população rural de 25 mil habitantes.

Com uma área de 150 metros quadrados com potencial para agricultura, Duque de Caxias também desponta no setor rural. O território fértil do município está situado nos 3º e 4º distritos, principalmente em Xerém e no bairro do Amapá. Segundo o secretário de Agricultura, Samuel Maia, as culturas mais comuns na região são as de aipim, banana, coco, goiaba e manga. O gado leiteiro da região produz 300 litros por dia.

Produção de tilápia para supermercado

Existem hoje em Duque de Caxias cerca de 300 agricultores, com renda per capita de aproximadamente dois salários mínimos. A piscicultura é o maior seguimento, com produtores de tilápias para grandes supermercados, explica Samuel.

Mesquita tem cerca de 188 mil habitantes, ocupando uma área de 41,6 metros quadrados, sendo 10,48% cultiváveis. Pesquisa recente da Prefeitura identificou 123 famílias de agricultores na Área de Proteção Ambiental de Mesquita. Eles cultivavam frutas e hortaliças, especialmente manga, banana, caqui e mandioca.

Segundo a Prefeitura, os produtores têm renda mensal média de até 1,5 salário mínimo. O valor está abaixo da renda per capita do município, que é de dois salários mínimos em média.

Fonte: jornal "O Dia Baixada", de 30/08/2009

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